Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Em prévia de greve geral, servidores do BC organizam protestos
Atos serão realizados em dez sedes regionais da autarquia como pressão para que haja acordo em reunião com o governo
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Servidores planejam protestos nesta quinta (8) nas dez sedes regionais do Banco Central. Eles reclamam da falta de avanços nas negociações de reajustes salariais com o governo federal nas últimas semanas.
Segundo o Sinal, sindicato nacional dos funcionários do BC, os servidores cruzarão os braços entre 10h e 12h. A movimentação acontecerá poucas horas antes de uma reunião marcada pelos dirigentes nacionais do sindicato com o governo.
Caso não haja avanço, a categoria pretende retomar a ideia de greve geral, o que pode prejudicar serviços como a manutenção do sistema do Pix e as entregas de boletins de mercado, como o Focus.
No início de janeiro, os serviços chegaram a ser interrompidos por 24h.
"O movimento dos servidores do órgão se agravou nos últimos dias, porque os auditores fiscais da Receita Federal e a Polícia Federal obtiveram recentemente propostas salariais oficiais do governo com bons reajustes, enquanto os funcionários do Banco Central foram excluídos dessas melhorias, apesar do excelente trabalho que vem sendo realizado", diz o Sinal em nota.
O movimento grevista tinha arrefecido porque a categoria acreditou que as negociações por melhorias salariais teriam avanço –o que não ocorreu.
Na pauta de pedidos estão demandas como a criação de uma retribuição por produtividade institucional, o reajuste nas tabelas remuneratórias, a exigência de nível superior para o cargo de técnico e a mudança do nome do cargo de analista para auditor.
Com Diego Felix
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