Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Dia dos pais: Despenca interesse por presentes, diz Ibevar
Instituto avalia queda de quase 20% nas intenções de compra e aponta ressaca entre os consumidores
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As intenções de compra de presentes no Dia dos Pais deste ano recuaram quase 20% em relação a 2023, segundo levantamento do Ibevar-FIA (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo).
Após altas constantes no interesse geral em presentear os pais entre 2017 e 2022, os consumidores pisaram no freio e entraram em um aparente período de saturação, algo considerado preocupante pelo instituto.
Para o Ibevar, o mercado vive a ressaca da recuperação econômica após a pandemia, principalmente em 2022, quando o setor atingiu o pico de interesse dos consumidores.
Pesaram também as mudanças econômicas e a eficácia do marketing varejista, que viveu seu melhor período durante a fase da Covid-19.
"Embora isso possa ser parcialmente devido a dados incompletos ou projeções conservadoras, [a falta de interesse] pode sinalizar futuros desafios econômicos que poderiam reduzir os gastos dos consumidores", diz o Ibevar no estudo.
No levantamento, são monitorados segmentos como alimentos e bebidas, experiências, vestuário e acessórios cuidados pessoais, eletrônicos, livros e entretenimento. Os quatro primeiros setores apresentaram queda, enquanto os últimos dois flutuaram entre a estabilidade e baixa discreta.
O instituto avalia que neste ano as tendências de vendas envolvem presentes premium, personalizados (não necessariamente caros) e exclusivos.
Para segmentos que envolvem alimentos e bebidas, mesmo com um leve desinteresse neste ano, os patamares de compra são sempre elevados.
Para o Ibevar, esse é um dos únicos setores em que a montagem de estoques e oferecimento de promoções é visto como seguro. Isso também vale para vestuário e acessórios, e artigos de cuidados pessoais.
Eletrônicos, livros e entretenimento tiveram pico de interesse em 2020, mas caíram com o passar dos anos e estão em baixa neste ano.
"Para os varejistas, a chave será equilibrar baluartes tradicionais como alimentos e bebidas com categorias de crescimento como cuidados pessoais e experiências. Personalização, hibridização e promoções focadas em valor podem ajudar a atrair e reter consumidores em um clima econômico incerto", diz o Ibevar.
Com Diego Felix
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