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Presidente nacional da Cufa, fundador do Laboratório de Inovação Social e membro da Frente Nacional Antirracista.

Descrição de chapéu desigualdade educacional

Negócios da favela em Harvard

Celso Athayde apresenta Favela Holding para 250 estudantes e empresários

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Essa semana Celso Athayde levou a favela à Harvard Business School para 250 empresários e estudantes. Levou uma favela que, para além das suas necessidades de políticas públicas, apontou soluções nas áreas de comunicação, logística, negócios e gestão.

A Favela Holding foi a vitrine e o carro-chefe de um paradigma novo que pensa a favela não somente como consumidora passiva ou coadjuvante, mas como sócia e gestora dos negócios que geram receitas e compartilham oportunidades na base da pirâmide.

É nessa base que, muito antes de criarem termos novos como empreendedorismo, o povo já "fazia seus corres", "se virava", "dava seus pulos", ou seja, a favela já empreendia muito antes.

Celso Athayde durante visita a Harvard para apresentar a Favela Holding - Reprodução

Um elemento a destacar é que a Holding, pilotada por Celso Athayde e agora sendo exibida como modelo em Harvard, inaugura um olhar diferenciado, onde os estudiosos e pesquisadores viram plateia e não palco, e são convidados a beber na fonte de quem faz na prática e na ponta.

Um dos grandes gargalos do nosso dia a dia é conseguir de um ecossistema de muitas ideias e projetos, e concretizá-lo na prática. No campo social, a Favela Holding rompe a ideia de dicotomia entre social e econômico, e vai além. Ela sugere que só haverá desenvolvimento social com geração de receita e compartilhamento da mesma na base de quem a gera.

Um exemplo é a Comunidade Door, empresa que atua em mais de 5.000 favelas, no nicho de comunicação e outdoors em favelas. Com ela, o morador da casa onde o outdoor é instalado recebe, o trabalhador que está na operação implantando os outdoors tem um percentual, o líder da favela também, e assim um ciclo virtuoso se instala onde os recursos gerados também circulam e permanecem dentro da própria favela.
A comunicação feita de forma direta e adaptada e com uma cartela de clientes públicos e privados de grande porte, como emissoras de TV, governos nas três esferas, empresas de streaming, bancos etc.

Forjado nas lutas sociais e nas ruas do Rio de Janeiro, onde migrou para ser camelô e depois o empreendedor do ano eleito pelo Fórum Econômico Mundial em Davos, Celso Athayde fundou a maior ONG de favelas que é a Cufa e criou a primeira holding com negócios de favela onde desafia um ambiente de serviços públicos reduzidos e precarizados e uma realidade de concentração de renda.

Ele sugere, através de modelos de negócios, um encontro de agendas centrais para um país faminto, sem emprego, onde a riqueza é centralizada na mãos de poucos. De pesquisado, Athayde passou a dar aulas num dos maiores centros de conhecimento da América. É a favela mostrando sua potência.

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