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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

Abel Ferreira tem dois mundos no Palmeiras

Todos os nove gols sofridos desde a chegada do técnico português foram fora de casa

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As semifinais da Copa do Brasil começarão quarta (23), com três times que mantêm seus treinadores desde janeiro e outro cujo técnico chegou ao Brasil em 2 de novembro. Dos 40 clubes do país, das Séries A e B, só 3 mantiveram o comando desde o primeiro dia do ano: Grêmio, São Paulo e América-MG.

Os olhares de favoritismo apontam para o Palmeiras, pela transformação desde a chegada de Abel Ferreira. Só que há diferenças entre o Palmeiras que joga em casa e o que atua como visitante.

São nove vitórias consecutivas no Allianz, 28 gols marcados, a maior sequência de triunfos desde a inauguração do estádio. Contraste com sete partidas fora de seus domínios, com vitórias apenas contra o Delfín e Vasco.

Dos nove gols sofridos desde a chegada de Abel Ferreira, todos foram em viagens. Cinco deles, em jogo aéreo.

A boa notícia é que o Palmeiras começará a decidir a Copa do Brasil em São Paulo, contra o América dirigido por Lisca. A má notícia é que a derrota para o Internacional coloca toda a pressão nos dois torneios mata-mata.

Em sétimo lugar no Brasileiro, o Palmeiras corre o risco de não se classificar para a próxima Libertadores, ou pelo menos não diretamente para a fase de grupos.

A tabela pregará peças. Por um acordo da CBF com a Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais), o Brasileiro não terá jogos entre 27 de dezembro e 6 de janeiro. Isso provocou o adiamento do clássico contra o Corinthians para 18 de janeiro. Haverá coincidência com jogos pré-agendados contra Grêmio (16) e Flamengo (20).

O Palmeiras protestará e pedirá a antecipação do duelo contra os gremistas para dia 15 e o deslocamento do jogo do Maracanã para dia 21. A maratona será cruel mesmo assim.

O time de Abel Ferreira é favorito contra o América-MG, em casa, mas sabe que precisará repetir sua capacidade goleadora no Allianz, média de três gols por partida depois da saída de Vanderlei Luxemburgo.

Abel Ferreira durante jogo do Palmeiras contra o Internacional - Diego Vara - 19.nov.20/Reuters

No Independência, não será fácil. Menos ainda contra o River Plate, em Buenos Aires.

A semifinal da Libertadores provocará o encontro entre os dois ataques mais positivos da história do torneio no formato atual. O River já marcou 31 gols, joga no 4-3-3, tem a força de Carrascal pela esquerda e Santos Borré com seis gols, artilheiro excetuando-se os jogos das fases preliminares.

O River é o melhor time da América do Sul e, por isso, favorito na semifinal.

O Palmeiras fez 29 gols na Libertadores e tem sua forma de jogar. Abel Ferreira mantém o 4-2-3-1. Observou ter elenco curto, por causa das lesões e da Covid. Perdeu opções sem Patrick de Paula e Luiz Adriano. Terá a alternativa de escalar um 3-4-3 e variar para linha de cinco defensores contra o River. Marcelo Gallardo sofreu para ganhar do Athletico dessa maneira.

O otimismo com o Palmeiras é justo, pela qualidade em casa. Mas é natural esbarrar no trabalho curto de seu técnico recém-chegado.

Também é importante corrigir a irregularidade fora de casa. O Palmeiras vai precisar de estabilidade como mandante e visitante para brigar pelos títulos da Copa do Brasil e da Libertadores.

Cuca descansa

Enquanto Abel Ferreira diz que seu elenco é curto, porque dos 33 usados no Brasileiro só tem 25 —quatro foram negociados e quatro lesionados—, Cuca descansa seu time. Mas perde pontos. Para o Santos, disputar a próxima Libertadores pode passar por ganhar a atual.

Devagar

O Corinthians enfrenta o Goiás, nesta segunda-feira (21), tentando manter o que melhorou nos últimos jogos: a defesa. São quatro partidas sem sofrer gols. Não é muito, mas estabiliza a equipe na parte intermediária da tabela.

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