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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

No Brasileiro, toda pressão será castigada

Times brasileiros tentam pressionar saída de jogo com marcação avançada

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O maior problema do São Paulo, no início do clássico contra o Flamengo, foi a saída de bola. Dois erros de Pablo Maia, duas chances rubro-negras. Depois, Rodrigo Nestor deu passe errado e Gabriel marcou 1 a 0 recebendo passe perfeito de Lázaro.

A quantidade de vezes em que times brasileiros sobem a marcação para pressionar a saída de jogo adversária aumentou. Cresceu também o número de erros, forçados pela tentativa saudável de sair com passes curtos.

Mais ousadia e marcação, o resultado é mais desarmes e gols nascidos de erros forçados.

A superioridade do Flamengo não parou aí. O volante João Gomes está brilhando. Rogério Ceni foi o primeiro a apostar que seria um excelente jogador, Paulo Sousa insiste nisso e coleciona sucessos. João Gomes teve apenas um passe errado e ofereceu uma assistência, para o gol de Isla.

O Flamengo mostra movimentações cada vez mais frequentes de Lázaro, Éverton Ribeiro e De Arrascaeta, liberdade para Gabigol. Quando o Flamengo funciona é difícil pará-lo.

Alisson, do São Paulo, disputa bola com Filipe Luis, do Flamengo, em partida pelo Campeonato Brasileiro no Maracanã neste domingo (17) - Alexandre Loureiro/Reuters

Paulo Sousa desistiu de escalar Éverton Ribeiro como ala e, na meia direita, ele vive seu melhor momento dos últimos dois anos. Saiu de campo, substituído aos 32 minutos da segunda etapa, extremamente aplaudido.

Jogando bem, o Flamengo sempre se coloca entre os favoritos, pela qualidade de seu elenco e por encher o Maracanã com 60 mil torcedores.

Mas o líder do Brasileiro, por ora, é o Corinthians, empurrado por decisões de ordem tática e física.

"O Du não teve a mesma frescura", disse Vítor Pereira depois da vitória sobre o Deportivo Cáli. Descansado, Du Queiroz envolveu toda a defesa do Avaí e deu o passe para o primeiro gol de Roger Guedes.

Este Brasileirão exigirá da condição atlética como poucos, porque podem ser 58 partidas nos próximos seis meses para quem disputar três competições simultâneas.

O Corinthians não manterá a liderança se castigar seus veteranos, acima de 30 anos, a cada três dias.

Vítor Pereira percebeu que precisa mesclar. Rogério também, mas esbarrou em indisposição de André Anderson, que seria titular no Maracanã. Parou também na força do Flamengo e sua marcação por pressão.

O Palmeiras também sofreu gol parecido. Recuperou a bola do Goiás, Zé Rafael não conseguiu manter, deu passe errado e Pedro Raul girou o corpo para fazer 1 a 0. Apesar da falta em Wéverton, houve o mérito de o Goiás manter a tentativa de recuperar o domínio da jogada.

O Brasileirão começa bem pelas tentativas de aumentar a intensidade de jogo, a marcação no campo de ataque e o nascimento de gols pelo espaço estreito provocado pela pressão perto da área de ataque.

Aliado às trocas de técnicos e às viagens, será enorme a chance de até mesmo os mais fortes oscilarem.

Na primeira rodada, houve quatro mudanças de técnico –Goiás, América-MG, Athletico e Internacional– o mesmo número de mudanças da Inglaterra na temporada 2020-2021.

Dá para entender a razão de, a todo fim de semana, alguém dizer que a Premier League é outro esporte?

O último campeão a vencer as duas primeiras rodadas foi o Corinthians, de 2015. Ser líder neste momento não significa muito. O Atlético perdeu na estreia de 2021, o Flamengo caiu nas duas primeiras rodadas de 2020.

Campinho PVC 17.abr.2022 - Núcleo de Imagem

FLAMENGO x PALMEIRAS

Antecipado, Flamengo x Palmeiras será o grande duelo desta semana porque os dois precisam confirmar que estarão na briga pelo título. O Palmeiras está taticamente forte e fisicamente frágil. O Flamengo tem muitas lesões. Como time, palmeirenses estão melhores.

FORTE, SANTOS

O Santos ainda não convence, mas está invicto em duas rodadas do Brasileirão. Bustos usou Jhohan Julio mais à esquerda e deu confiança a Ângelo. O time começa a ganhar confiança. Não está brilhante, mas é bom entender ser o início –mais um– da formação de uma equipe.

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