Siga a folha

Jornalista e escritor, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues, é membro da Academia Brasileira de Letras.

Viver a vida

Fui citar algumas grandes sequências de morte em clássicos do cinema e isso ativou a cultura dos leitores

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Fui citar algumas grandes sequências de morte em clássicos do cinema (“Cenas de morte”, 5/8) e isso ativou a cultura dos leitores, que contribuíram com magníficos exemplos de outros filmes (“Matar ou morrer”, 19/8). E não parou mais. Pelo volume de sequências lembradas, chego quase a pensar que, mesmo no cinema do passado, matou-se mais do que se beijou na tela. Mas isto é matéria para os especialistas. Eis algumas das novas colaborações que recebi:

James Cagney, já morto e embrulhado para ficar de pé, deixado à porta de sua família na cena final de “O Inimigo Público” (1931). Gregory Peck em “O Matador” (1950), pouco antes de morrer, dizendo ao xerife que não prenda seu assassino, para ele aprender o que é ser desafiado em cada cidade a que chegar. A morte do espião alemão (Peter Graves) em “Inferno nº 17” (1953), de Billy Wilder, atirado para fora do alojamento para ser metralhado pelos guardas do campo de concentração.

A morte de Drácula (Christopher Lee) em “O Vampiro da Noite” (1958), a primeira morte “realista” e em cores de um vampiro no cinema, desfazendo-se lindamente à luz do Sol. A morte de Richard Beymer em “Amor, sublime amor” (1961), o único musical em que o mocinho morre no fim. O “balé de sangue” —a morte de Warren Beatty e Faye Dunaway, com dois minutos de duração— em “Uma Rajada de Balas” (1967), a comédia-pastelão mais violenta do cinema.

Duas mortes pelas quais você torce nos filmes: a de Glenn Close, em “Atração Fatal”, e a do sargento (Lee Ermey) pelo recruta gordo, em “Nascido para matar” (ambos, 1987). E três filmes em que a morte que você vê na tela não é bem o que você vê: a de Gene Tierney, em “Laura” (1945), de Otto Preminger; a de Kim Novak, em “Um Corpo que Cai” (1958), de Hitchcock; e a de Lee Marvin, em “O Homem que Matou o Facínora” (1962), de John Ford.

E chega de morte. Cinema também é viver a vida.

Drácula (Christopher Lee) morre em “O Vampiro da Noite” - Reprodução

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas