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Formado em jornalismo, começou a escrever na Folha em 2001. Passou por diversas editorias no jornal e atualmente assina o blog Copo Cheio, sobre o cenário cervejeiro, e uma coluna em Esporte

Mano Menezes e o tapa com luva de pelica em Alexander Medina

Técnico chega ao Internacional e reconhece que não está no melhor momento da carreira

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Mano Menezes está de volta ao palanque do Campeonato Brasileiro. E apesar do histórico de triunfos com o Grêmio, o professor gaúcho assume agora o Internacional, uma casa nova no sul. Polêmico? Até que não.

Mano é sujeito profissional e esse negócio de não poder trocar de clube no estado é bobagem, principalmente para treinadores com rodagem. O próprio Mano assumiu o Palmeiras depois de anos de identificação com o Corinthians, no qual tinha até camiseta especial (Sou Mano do Mano).

Mas Mano não foi lá muito mano do treinador que abriu vaga para ele, o uruguaio Alexander "Cacique" Medina, demitido no round 1 do Brasileiro. O técnico deu um tapinha com luva de pelica no hermano ao ser questionado sobre Edenilson, um dos destaques do Colorado —Cacique era muito cobrado por mudar constantemente o posicionamento do meio-campista.

"A maneira como ele [Edenilson] atuava fez dele destaque da equipe, tanto que foi convocado para a seleção. Esse é um indicativo forte que um treinador com uma experiência como eu vai respeitar" (pegou, Medina? Tapinha cheio de "media training", à la Mano).

Com passado no Grêmio, Mano Menezes assume o comando do Inter de Porto Alegre - Ricardo Duarte/Sport Club Internacional - 20.abr.2022/AFP

Lembrei até de um outro clássico "tapinha de Mano" no longínquo 2019, quando ele era técnico do Palmeiras e participou do programa Bem, Amigos!, do SporTV. Com Jorge Jesus arrebentando no Flamengo, a pauta da vez já era o frescor dos técnicos portugueses. E Cléber Machado perguntou o que Mano achava quando ouvia que era "mais do mesmo" ao chegar no clube. A adorável respostinha, cheia de sorrisos: "A gente tem mais do mesmo também todo dia nos comentários, eu acho até que está na hora de virem aqui comentaristas portugueses para a gente dar uma qualificada no debate. Não seria justo eles virem apenas para o seguimento dos técnicos". Ponto para Mano, que não foi mano do Cléber.

Mano é inteligente, e chegou ao Inter demonstrando (pelo menos no discurso) muita humildade. Dizendo que o clube é o time certo para ajudá-lo. Ele sabe e reconhece que não está no melhor momento da carreira após demissões do Palmeiras (2019), do Bahia (2020) e do árabe Al Nassr (2021). Deve ser duro ser demitido do Al Nassr, é como ser um dos primeiros eliminados no BBB. Mano só quer agora voltar a ser mano dos manos vermelhos do sul.

Apesar de jovem, Mano é um treinador rodado aos 59 anos, com passagem pela seleção brasileira —de onde foi demitido em 2012 para dar lugar na Copa ao professor Luiz Felipe 7 a 1 Scolari. Provavelmente só Abel Braga e Dorival Júnior, entre os atuantes, devem ter mais jogos de Série A no currículo, o que pode ser uma vantagem… ou não.

E depois de um Brasileiro que começou com nove estrangeiros, Mano voltou para encorpar a balança a favor dos brasileiros. Agora são 12 treinadores da casa contra 8 de fora.

Round 38
Atualização após duas rodadas da Série A. Três demissões: Brasileiros 2 x 1 Estrangeiros. Dezessete sobreviventes: Brasileiros 9 x 8 Estrangeiros.

Eu quero 1 a 1
Apesar de ficarem no 0 a 0, Flamengo x Palmeiras, no Maracanã, foi uma ótima partida no Brasileiro. Desses 0 a 0 que dá gosto, pena que não foi 1 a 1. E se não foi ruim para nenhum dos dois, foi ótimo para Atlético Mineiro… e Corinthians, quem diria.

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