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Para que serve mentir que ser mãe é pura e ininterrupta felicidade?

Atitudes que tomamos depois de ter filhos só para satisfazer a vontade alheia

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Xampu pra nenê careca, condicionador pra qualquer nenê, termômetro de banheira.

Roupinha específica combinando com a mantinha (e combinando com o traje da mãe) para a saída da maternidade, fotógrafo de “mesversário”, colar papelzinho na testa pra passar o soluço.

Maiô que vem com uma fralda costurada, talco, furar a orelha “pra que saibam que é menina”.

Hashtag mãe de menino, hashtag mãe de dois, hashtag princesa.

Expor o filho no Instagram pra ganhar dinheiro de marcas, levar o filho pra fazer book de modelo mirim, falar “essa vai dar trabalho”.

Colocar sapatinho em recém-nascido, colocar roupa chique pra brincar, deixar chorando só porque um livro idiota mandou.

Perfume, prendedor de chupeta, aquecedor de mamadeira.

Pasta de dente na banguela, andador para o bebê que engatinha, chiqueirinho para o bebê que anda.

Ser contra vacina, ser contra anestesia, ser contra dar colo.

Ser contra hospital, ser contra pediatra, ser contra remédio.

Um cadeirão pra comer que custa R$ 2.000, uma cadeirinha pra andar no carro que custa R$ 2.500, uma decoração de festa que custa R$ 2.800.

Entrar em fila de escolinha caríssima, matricular em escolinha longíssima, defender o Escola sem Partido.

Duzentos e noventa e três cursos sobre parto, 145 workshops de amamentação, um tutorial de sling.

Transar sem vontade enquanto é lactante, mentir que ser mãe é pura e ininterrupta felicidade, colocar toda a frustração profissional no filho.

A opinião do vizinho, a crítica da avó, o revirar de olhos das pessoas sem filhos na ponte aérea.

Definir gênero por cor de roupa, definir respeito por cor de pele, resolver ter filho só porque todo mundo tem.

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