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Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

Descrição de chapéu Tóquio 2020

Marta tem jogado aberta, longe do gol; estaria no lugar certo?

Se contra Holanda mostrou que disputa o ouro, seleção brasileira feminina venceu a Zâmbia jogando mal

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Nas Olimpíadas e nas grandes disputas esportivas, os vencedores, além da indescritível alegria e da emoção e do orgulho de serem atletas especiais, sentem-se aliviados pelo dever cumprido.

Já os perdedores, além da enorme tristeza e da frustração, sentem-se frágeis, com uma culpa imaginária por não terem feito melhor.

Tempos atrás, em uma Olimpíada, a sala na qual os finalistas da natação se concentravam, minutos antes de disputarem uma medalha de ouro, era apelidada pelos atletas de sala da morte, pela tensão e pelo silêncio. Quem perdia, morria.

Tenho admiração pelos vencedores e também pelos perdedores, assim como pelos excluídos, marginalizados, tristes, que, mesmo diante das adversidades, das derrotas no esporte e na vida, continuam com um comportamento digno.

“Depois da hora radiosa, a hora dura do esporte, sem a qual não há prêmio que conforte, pois perder é tocar alguma coisa além da vitória, é encontrar-se naquele ponto onde começa tudo a nascer do perdido, lentamente”, escreveu Carlos Drummond de Andrade.

Até a tarde desta terça-feira (27), o Brasil tinha conquistado cinco medalhas, uma de ouro, no surf, duas de prata, no skate, e duas de bronze, uma no judô e outra na natação. Outras medalhas virão. Vamos torcer.

A seleção masculina de futebol enfrenta nesta quarta (28) a fraca Arábia Saudita. Contra a Costa do Marfim, no empate em 0 a 0, o Brasil foi prejudicado pela expulsão, logo no início da partida.

O treinador André Jardine mais uma vez foi muito bem ao não colocar outro volante no lugar de Douglas Luiz, expulso. Recuou Claudinho, que, para minha surpresa, foi muito bem, jogando de uma intermediária à outra. Parecia que o Brasil tinha 11 jogadores.

O ponta direita Antony, que atua no Ajax, da Holanda, em todas as partidas dá show de habilidade, de dribles, mas falta a ele a técnica para finalizar ou para dar um passe decisivo.

Essa limitação é frequente em muitos atacantes e meias brasileiros. É preciso, nas categorias de base, ajudá-los a adquirir mais técnica e lucidez para fazer as escolhas certas. A habilidade é mais natural, congênita, sociológica, enquanto a técnica é mais desenvolvida, aprimorada.

Marta durante aquecimento para a partida contra a Zâmbia - Molly Darlington/REUTERS

A seleção brasileira feminina venceu a Zâmbia por 1 a 0 jogando mal. Já no empate por 3 a 3 contra a Holanda, uma das candidatas ao título, o Brasil mostrou que também luta por uma medalha de ouro.

Agora, vai enfrentar o Canadá, nas quartas de final. Marta tem jogado aberta, pela direita, longe do gol, voltando para marcar. Estaria no lugar certo?

A bola rola também no Brasileirão. Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG mostraram mais uma vez que são os mais fortes candidatos ao título. Na goleada do Flamengo por 5 a 1 sobre o São Paulo, a partida estava equilibrada até a metade do segundo tempo. Aí surgiu o vendaval Bruno Henrique, com variados lances técnicos e eficientes.

Na vitória do Atlético-MG por 3 a 0 sobre o Bahia, o jogo também estava equilibrado até aparecer outro vendaval, Hulk, mistura de habilidade, técnica e força física. O meio-campista Nacho Fernández não faz tantos gols, mas é tão importante quanto Hulk.

O Galo possui outros bons jogadores, como o volante Allan, pelo passe rápido, preciso e para frente. Por outro lado, falta a ele a técnica para se antecipar e sair com a bola, sem derrubar o adversário, com o risco de ser punido com cartão.

Já o Palmeiras se destaca pelo conjunto, pela segurança e pela regularidade. O vendaval é coletivo.

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