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Coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental - Kanindé e do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia

O cerco está se fechando contra Bolsonaro

Apesar de tudo, há quem queira colocá-lo como mártir

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O ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Tribunal Permanente dos Povos (TPP) por crime contra a humanidade e grave violação de direitos humanos por sua atuação durante a pandemia de Covid-19, é investigado no Brasil por atos antidemocráticos, ataques ao processo eleitoral, disseminação de desinformação durante a pandemia e tentativa de golpe de Estado.

Além disso, existe um inquérito sobre seu suposto envolvimento em um esquema de fraude nos seus registros de vacinação contra a Covid, usados para viagens ao exterior.

Bolsonaro na posse de Javier Milei, na Argentina - Alejandro Pagni/AFP

Na operação dessa quinta-feira (8), o ex-presidente, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, foi proibido, cautelarmente, de sair do território nacional e intimado a entregar seu passaporte. A operação investiga os autores mediatos, os autores intelectuais da tentativa de abolição do Estado democrático e de golpe de Estado no 8 de janeiro.

Foram presos na operação os aliados de Bolsonaro Filipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionais, o coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor especial da Presidência, e o major do Exército Rafael Martins de Oliveira.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chega à superintendência da Polícia Federal após ser preso - Pedro Ladeira/Folhapress

Foram alvo de mandados de busca e apreensão o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e vice na chapa de Bolsonaro em 2022, Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa, e o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha.

Valdemar da Costa Neto foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

Após inúmeros vexames, ligação com casos de corrupção e sua atuação na pandemia, muitos se perguntavam o que faltava para Bolsonaro ser preso? A prisão de Bolsonaro não será em breve, visto que, de acordo com o Código Penal, não cabe neste momento do processo prisão preventiva. Mas o cerco se fecha cada vez mais para o ex-presidente, que agora tem suas principais linhas de defesa fragilizadas e ainda não havia recebido medidas cautelares como essas, que sinalizam que as investigações estão avançando.

No entanto, apesar das evidências e da clara participação e intenção de golpe de Bolsonaro, há ainda quem queira colocá-lo como mártir.


Bolsonaro não é mártir, tampouco perseguido ou injustiçado, mas é sim um golpista.
Perto das eleições, não podemos nos esquecer daqueles aliados de Bolsonaro que agora tentarão se desvincular dele ou até criar uma narrativa de perseguição contra o ex-presidente que não existe.

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