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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Exportação do agronegócio rende menos e importação de insumos onera mais

Venda externa de alimentos recua para US$ 65 bilhões, enquanto adubo e agrotóxico geram custos de US$ 11 bilhões no ano

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Tradicional irrigadora de dólares na economia, a agricultura vai trazer menos divisas de fora e “exportar” mais dólares neste ano.

O setor de alimentos, devido queda nas exportações de soja, está com uma redução de pelos menos US$ 5 bilhões em receitas neste ano, em relação a igual período do ano passado.

De janeiro a outubro, as exportações no item de alimentos recuaram para US$ 65 bilhões, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Celulose e madeira, outros dois itens importantes do agronegócio, também estão com queda. A celulose rendeu US$ 6,2 bilhões até agora, e o setor de madeira, US$ 2,4 bilhões.

Já os custos com importações de insumos vêm subindo. Novo avanço de área semeada exigiu um volume maior de fertilizantes e de agrotóxicos.

Neste ano, os gastos do país com importações de inseticidas, herbicidas, fungicidas e outros produtos de proteção dos grãos em armazenagens subiram para US$ 3 bilhões, 25% mais do que em igual período do ano passado.

Além de um aumento da safra de grãos, houve uma liberação maior de novos produtos pelo governo. Em 2017, foram 405 registros. Em 2018, 450. Neste ano, 382.

A demanda por fertilizantes também cresceu muito, exigindo a importação de 25 milhões de toneladas deste insumo nos dez primeiros meses do ano.

O volume supera em 11% o de janeiro a outubro de 2018. Em valores, os gastos atingiram o recorde de US$ 7,7 bilhões no período, 17% mais do que em 2018.Os dados mais recentes da Anda (Associação Nacional para a Difusão de Adubos) indicam que a entrega de fertilizantes cresceu 7% no primeiro semestre deste ano, somando 14 milhões de toneladas.


Café  O consumidor brasileiro está se beneficiando com a queda internacional dos preços do produto. Neste ano, o valor médio nacional do café torrado e moído caiu 6%, segundo pesquisa da Abras (Associação Brasileira dos Supermercados). Em 12 meses, a redução foi de 8,4%.

Efeito safra  Segundo a OIC (Organização Internacional do Café), a produção mundial da safra 2018/19 será de 169 milhões de sacas, 4% mais do que na anterior. As exportações de outubro de 2018 a setembro último somaram 129 milhões de sacas, 8% mais.

Ritmo menor  As vendas de máquinas agrícolas de janeiro a outubro atingiram 37,1 mil unidades, 6% menos do que no ano passado. A produção, que ficou em 46,5 mil unidades, caiu 13% no período.

Ritmo maior  Já as vendas de colhedoras de cana estão aceleradas nos dois últimos meses: foram 147 máquinas comercializadas. Nos dez meses do ano, as vendas atingiram 576 unidades, segundo a Anfavea (associação do setor).

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