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Coluna assinada por Walter Porto, editor de Livros.

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Planeta demite Cassiano Elek Machado, diretor editorial da casa por oito anos

Editora de sede espanhola não anunciou substituto para o cargo e fala em reestruturar operação brasileira

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A Planeta demitiu seu diretor editorial, Cassiano Elek Machado, de forma repentina e citando a intenção de reestruturar a casa.

Machado, que estava à frente das decisões editoriais da Planeta havia oito anos, afirma que soube de seu desligamento por meio de uma videoconferência com José María Calvín, diretor-geral da multinacional sediada na Espanha, que tem presença em boa parte dos países hispânicos. Ouviu do ex-chefe apenas que a Planeta tinha outros planos.

Cassiano Elek Machado, que foi diretor editorial da Planeta por oito anos, durante evento em 2016 - Bruno Poletti/Folhapress

Procurada pela coluna, a editora disse ainda não ter detalhes sobre o futuro de sua operação ou um eventual substituto de Machado.

Quando o jornalista assumiu o comando da editora, deixando um cargo na editoria Ilustríssima, neste jornal, a Planeta tinha três selos editoriais, que se ampliaram para nove. Também passou a angariar sucessos de público como a poeta Rupi Kaur, hoje um fenômeno de vendas num formato de raro sucesso comercial, e o educador Mario Sergio Cortella, que virou best-seller nas mãos de Machado, seu ex-aluno.

"Mais que um livro ou outro, o que me orgulha é o conjunto do trabalho, ter conseguido desenvolver tantas linhas editoriais consistentes", afirma o editor. No ponto de vista de Machado, a questão não se explica por crise financeira, já que a Planeta vinha ampliando sua fatia do setor de livros e tinha superado as metas orçamentárias que haviam sido estabelecidas para este ano.

Machado diz estar agora no processo de cancelar cerca de 60 reuniões que tinha marcadas na Feira de Frankfurt, a maior do mundo, que começa na próxima semana e para a qual já tinha passagem aérea comprada.

O escritor francês Édouard Louis tem hoje 29 anos - AFP

FALANDO EM PLANETA Um dos autores mais promissores lançados durante a gestão de Cassiano Elek Machado, no selo Tusquets, está mudando de endereço. O francês Édouard Louis passa a ser editado pela Todavia a partir do ano que vem, quando a casa traz os inéditos "Qui A Tué Mon Père", ou quem matou meu pai, e "Combats et Métamorphoses d’une Femme", combates e metamorfoses de uma mulher, que fala sobre a mãe do autor.

LOUIS SEM FIM Em 2024 e 2025, a casa pretende reeditar os sucessos "O Fim de Eddy" e "História da Violência", além de trazer mais um inédito, "Changer: Méthode", um diálogo com Ken Loach.

DE LÁ PARA CÁ E a editora Paris de Histórias se encarrega de trazer outra estrela da literatura francesa contemporânea, esta ainda inédita. Nina Bouraoui, que já ganhou o prestigioso Renaudot, estreia aqui com "Satisfação", finalista do prêmio Femina que conta a vida melancólica de uma francesa casada com um argelino.

DE CÁ PARA LÁ Uma antologia com o melhor da prosa de Hilda Hilst está prestes a sair em Portugal pelo selo Companhia das Letras da Penguin Random House. E Victor Heringer, morto precocemente em 2018, terá "Glória" e "O Amor dos Homens Avulsos" traduzidos pela britânica Pereine.

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