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Descrição de chapéu Obituário Cecília Franca de Souza (1923 - 2020)

Mortes: Humanista e solidária, criou os filhos com simplicidade

A história de Cecília Franca de Souza foi marcada pela coragem

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Desde criança, Cecília Franca de Souza foi muito corajosa. Aos sete anos, ficou órfã de mãe e precisou deixar parte de sua infância de lado para ajudar o pai a cuidar dos irmãos, com a ajuda do mais velho. 

Aos 18 anos, casou-se com um viúvo que já era pai de dez filhos. Da união, nasceram mais 15 —um morreu no primeiro ano de vida.

Cecília nasceu em Lavras da Mangabeira (a 341 km de Fortaleza), em 1923, e 28 anos depois mudou-se para Fernandópolis (a 553 km de SP). 

Cecília Franca de Souza (1923-2020) - Arquivo pessoal

Grávida e com sete filhos pequenos, ela e o esposo deixaram o Ceará rumo a São Paulo. Foram 15 dias na carroceria de um caminhão de bebidas.

A família morou em várias cidades do interior de São Paulo e do Paraná, onde Cecília e o marido trabalharam na lavoura, até chegar a Osasco (Grande SP), em 1973. 

Lá, conheceram os prazeres e dissabores da vida urbana, mas foram acolhidos e fizeram grandes amigos.

Segundo conta o filho Emídio Pereira de Souza, 60, atual deputado estadual e ex-prefeito de Osasco (2005 a 2012) pelo PT, suas virtudes eram a garra para o trabalho e a paciência.

“Minha mãe sempre foi serena e nunca elevava a voz. Muita gente a adotava como mãe e até avó. Ela era humanista, nos ensinou a viver com simplicidade e ser solidária”, diz o deputado.

Cecília nunca deixou de exercer sua autoridade de mãe mesmo com os já adultos. “Ela era a combinação perfeita da mãe cuidadora e doce com aquela que educa, corrige e se impõe quando é preciso”, afirma Emídio.

Cecília Franca de Souza morreu dia 19 de janeiro, aos 97 anos, de parada cardiorrespiratória. Viúva, deixa 14 filhos, 27 netos e nove bisnetos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br
 
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