Mortes: Como o deus grego, Eros usou a linguagem do amor
Caligrafia deixava mais bonitas suas cartas a Helena
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Com exceção do mais velho, todos os irmãos de Eros Lagrotta foram batizados com nomes de deuses gregos. A ele foi dado aquele que representa o amor.
Coincidência ou não, o Eros que nasceu e passou a infância em Araraquara (a 273 km de SP) distribuiu amor ao longo de sua vida.
Sua sensibilidade alimentava o talento de desenhista. Na publicidade e propaganda, área em que atuava, adaptou-se à informatização e se especializou, à frente de seu tempo.
Passado algum tempo, descobriu a caligrafia, arte que deixou mais bonitas as cartas de amor endereçadas à amada, a corretora de imóveis Helena Lagrotta, que nesta terça (9) completou 90 anos.
Ambos se conheceram num clube de estudantes. Se este fosse um livro de histórias, seria possível afirmar que foram flechados pelo deus grego do amor. Desde a primeira vez que se olharam, prevaleceu a linguagem universal dos enamorados.
Os quase 72 anos de namoro foram repletos de olhares, mãos dadas e declarações de amor. Quando completaram 50 anos de casados, como presente a família reuniu 50 histórias do casal e escreveu o livro “50 Histórias de Amor”.
Religioso, Eros não perdia a missa aos domingos. Soube como ninguém aplicar os preceitos de Deus em sua vida. “Ele fazia tudo por todos, mesmo quando não tinha condições. Nunca deixou faltar nada a ninguém, principalmente aos filhos. O mesmo tratamento foi dado aos filhos de uma funcionária”, conta o sobrinho, o diretor comercial do Metrô Claudio Ferreira, 62. Segundo Claudio, Deus o recompensou pela bondade ao próximo.
Eros Lagrotta morreu no dia 6, aos 90 anos, de parada cardíaca. Deixa a esposa, três filhos, seis netos e dois bisnetos.
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