Mortes: Incentivou as artes cênicas e olhou para o social
João Madeira criou o Prêmio Shell de teatro, em 1988
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A história do teatro brasileiro traz a marca de um personagem importante: João Madeira, criador do Prêmio Shell, em 1988. Grande incentivador das artes cênicas, também integrou o júri da premiação entre 2009 e 2015.
Carioca, João passou alguns anos de sua vida em Brasília, onde cursou Jornalismo e Letras. Quando retornou ao Rio de Janeiro, logo entrou para a Shell Brasil. Além dela, passou também pela Coca–Cola.
Depois da aposentadoria, aproximou-se do terceiro setor e escreveu outro capítulo importante ao lado da ONG AfroReggae. Lá, foi mestre, amigo, conciliador, professor e coordenador de parcerias institucionais.
“Ele fazia todo mundo pensar além, tinha a coisa de motivar a galera. Foi um cara que me preparou muito para a AfroReggae virar uma potência. Sem ele, dificilmente a AfroReggae teria virado o que virou e eu teria chegado aonde cheguei. O João tinha um olhar voltado para a arte, a cultura, o social, os negócios e o mundo corporativo”, afirma José Júnior, fundador da ONG, que pretende homenageá-lo batizando um espaço cultural com o seu nome.
João será lembrado pelo homem simples, humilde e de bem com a vida, que serviu de referência às filhas.
“Sério com suas conquistas, meu pai nos ensinou o compromisso com o trabalho, a lutar pelo que queríamos alcançar, a honestidade, a humildade e a gratidão, entre seus valores importantes. Era muito família e discreto. Nunca foi vaidoso”, diz a filha, a artista plástica Marcella Madeira, 39.
“Lembro que desde cedo ele levava eu e minha irmã para teatros no final de semana. Nos ensinou que a arte tem sim um lugar fundamental na vida do ser humano.”
João Madeira morreu dia 28 de outubro, aos 76 anos. Ele estava internado após cair e sofrer traumatismo craniano. O ano passado, João havia infartado. Deixa as filhas Marcella e Rafaella, e quatro netos: Mel, Anna, Betina e Enrico.
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