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Descrição de chapéu Obituário Oriana Jara Maculet (1945 - 2020)

Mortes: Dedicou a vida a garantir os direitos dos imigrantes

Oriana Jara Maculet desempenhou papel importante na construção da política para estrangeiros na cidade de São Paulo

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São Paulo

Oriana Jara Maculet nasceu em Valparaíso, no Chile, mas em 1980 adotou o Brasil, especialmente a capital paulista, onde protagonizou capítulos de uma marcante história em prol dos direitos humanos e dos imigrantes latino-americanos menos favorecidos.

A amiga Maria Cristina Váldes de Estevez, que fundou com ela a ONG Presença da América Latina —uma das primeiras organizações voltadas à imigração no Brasil— ressalta a sua importância na luta contra o tráfico de pessoas e trabalho escravo.

Segundo Maria Cristina, Oriana também liderava o grupo “E Agora Por Que me Calo?”, voltado ao empoderamento de mulheres imigrantes vítimas de violência doméstica.

Oriana Jara Maculet (1945-2020) - Museu da Imigração no Facebook

Durante a pandemia de Covid-19, Oriana protegeu os imigrantes que perderam seus postos de trabalho nas oficinas de costura e no trabalho informal.

“Para alguns ela conseguiu que fossem contemplados com auxílio emergencial; aos demais, doou cestas básicas e produtos de higiene e também conseguiu a repatriação de imigrantes que estavam vulneráveis no país”, relata Maria Cristina.

Socióloga, formada em biblioteconomia e psicologia social, desempenhou papel importante na construção da política para imigrantes da cidade de São Paulo.

Paulo Illes, ativista pelos direitos dos imigrantes e ex-coordenador de políticas para migrantes da cidade de São Paulo a conheceu em 2001, na igreja Nossa Senhora da Paz.

“Construímos longo caminho juntos. Pude voluntariar em alguns projetos que ela desenvolvia na época. Em 2006, quando fundei o Centro de Apoio ao Migrante, ela foi muito importante. A mesma coisa em 2010, quando comecei a trabalhar no CDHIC [Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante]. Ela fez parte do conselho, incentivou e orientou na criação dos programas de defesa e direito dos imigrantes", afirma Paulo.

Oriana integrava diversos conselhos e espaços de participação popular, entre eles, o Conselho Consultivo da Ouvidoria da Defensoria Pública de SP, a Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, entre outros.

Ela morreu dia 2 de dezembro, aos 75 anos. Havia poucos meses que enfrentava um câncer na coluna.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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