Inauguração de estátua de Carolina de Jesus em Parelheiros é adiada
Prefeitura de São Paulo afirma que mudança de local, como pede a família, dependerá de verba de emendas parlamentares
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Após reunião nesta sexta-feira (25) entre coletivos, familiares de Carolina Maria de Jesus e a secretária municipal de Cultura, Aline Torres, a Prefeitura de São Paulo adiou a inauguração da estátua da escritora, em Parelheiros, prevista inicialmente para o dia 4 de março.
O monumento em homenagem à escritora mineira, autora de "Quarto de Despejo", foi instalado nesta sexta-feira no Parque Linear de Parelheiros, na zona sul paulistana, e, em seguida, cercado por tapumes.
Os familiares e os coletivos do bairro da zona sul da capital pedem a instalação da obra na praça Júlio César de Campos, o marco histórico da região e que faz alusão ao centenário da Paróquia Santa Cruz. No entanto, a pasta afirma que para a mudança precisaria de recursos por meio de verbas parlamentares.
"Não há recursos para a transferência da obra de local. Esses grupos teriam que se mobilizar para conseguir verbas parlamentares para que a secretaria possa realizar as tratativas e o processo para a transferência da escultura do Parque Linear Parelheiros para a praça Júlio César de Campos", diz a nota.
"O Parque Linear é de pouca visualização, está atrás do CEU Parelheiros. Ele não fica nem na avenida", afirma Vera Eunice de Jesus, 68, filha caçula de Carolina.
Carolina Maria de Jesus viveu em Parelheiros durante 20 anos, em um sítio hoje preservado pela filha. Vera Eunice diz que a mãe era apaixonada pelo bairro. "Carolina amou demais Parelheiros. Em Parelheiros, ela encontrou tranquilidade. A maioria dos [textos] inéditos ela escreveu embaixo das árvores desse sítio."
Em comunicado, os coletivos disseram que se comprometeram a acompanhar o processo de alteração do local de instalação da escultura.
A obra foi encomendada pela prefeitura em agosto do ano passado, depois que o incêndio na estátua do bandeirante Borba Gato, em Santo Amaro, intensificou os debates sobre a falta de monumentos de personalidades negras na cidade. Outros quatro monumentos de outras personalidades foram prometidos na mesma época.
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