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Calor no Rio faz trabalhadores buscarem praia na hora do almoço

Temperatura aumenta nos próximos dias e, no domingo, pode chegar a 41ºC

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Rio de Janeiro

As amigas paulistanas Priscilla Magalhães, 22, Bruna Carmo, 21, e a carioca radicada em São Paulo, Giulia Costa, 22, viajaram nesta semana para o Rio de Janeiro a trabalho e separaram o horário de almoço para pôr os pés na areia da praia de Ipanema.

"Gostamos de Ipanema porque é mais tranquilo. Copacabana é mais cheio e confuso", afirma Giulia. "A Barra da Tijuca é muito longe, não compensa", complementa Bruna.

A pausa no trabalho para ir à praia é uma forma de enfrentar a onda de calor que atinge parte do país nesta semana, a última do inverno —a primavera começa no próximo sábado (23).

Na capital fluminense, a escalada do calor vai resultar em mais de 40ºC no fim de semana, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Nesta quinta (21), a máxima esperada é de 32ºC. E, daí em diante, a temperatura só aumenta: sexta (22), até 36ºC; sábado (23), até 37ºC; e, no domingo (24), 41ºC.

Apesar do calor, praia de Ipanema na altura do posto 9 tinha espaços vazios nesta quinta-feira (21) - Yuri Eiras/Folhapress

Também na praia de Ipanema, trabalhadores de uma firma de demolição descansavam sob a sombra de uma palmeira. Alguns tiraram as botas, outros a camisa de mangas longas. Todos reclamavam da dificuldade em trabalhar com equipamentos de proteção em dias de calor. Eles atuam na reforma de um hotel na orla.

"Usamos capacete, óculos, máscara N95, todos os EPIs. Em dias quentes os óculos embaçam, a máscara incomoda, é horrível. Ao menos trabalhando aqui dá para dar um mergulho na hora do almoço", afirma o marteleiro Luiz Felipe Silva.

O tempo quente também muda a rotina de quem trabalha nas praias.

Carlos Henrique da Motta, 23, sai todos os dias de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, a cerca de 29 km do Rio de Janeiro, para vender mate nas areias de Ipanema.

Em dias de calor na cidade, como nesta quinta-feira (21), o vendedor caminha descalço na areia do Arpoador ao Leblon, um trajeto de pouco mais de 3 km. Só encerra o expediente quando o mate acaba, ou quando o corpo exaure.

"Carrego dois galões de 12 litros em cada um dos ombros. Com açúcar e gelo, os líquidos ficam densos e a sensação é de que o peso aumenta."

Nesta quinta, o vendedor de mate chegou à Ipanema e viu a praia com espaços vazios, apesar da previsão do tempo. Motta iniciou a jornada na segunda-feira e não sabe em que dia vai parar.

"Só folgo quando não tiver mais sol. Trabalho até a voz aguentar. Preciso gritar para vender."

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