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Descrição de chapéu violência

Sobe para nove o número de suspeitos mortos após assassinato de policial na Bahia

Policial Lucas Caribé Monteiro foi morto em ação contra o tráfico de drogas na sexta (15) em Salvador

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Recife

Subiu para nove o número de suspeitos mortos após a ação que resultou na morte de um agente da Polícia Federal na sexta-feira (15) no bairro de Valéria, em Salvador.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia disse, por meio de nota, que mais dois suspeitos morreram em troca de tiros com policiais na noite do domingo (17), quando foram apreendidos também uma pistola e um revólver. No mesmo dia, outros dois suspeitos também morreram.

Policiais participam de ação contra o tráfico de drogas em Salvador - Alberto Maraux/SSP-BA

No bairro de Periperi, policiais fizeram patrulha após denúncias de que um suposto traficante integrante do grupo estava com outros cúmplices. "Os criminosos foram encontrados e houve confronto. Um deles acabou atingido, foi socorrido, mas não resistiu. Um revólver calibre 38 e munições foram apreendidos", diz trecho da nota da secretaria.

No bairro da Palestina, policiais civis e federais localizaram outro suspeito, que também seria traficante. Ele também morreu em suposto confronto com os agentes, de acordo com a secretaria estadual. Uma pistola calibre 9mm, com carregador alongado, e munições foram apreendidos com o suspeito.

Desde sexta (15), as forças policiais localizaram três fuzis, uma carabina, uma submetralhadora, três pistolas, um revólver, carregadores, munições, radiocomunicadores e peças de veículo roubado com o grupo suspeito de participar da ação da sexta (15) que culminou com a morte do policial federal.

Ao todo, um suspeito que tinha mandado de prisão por homicídio foi preso e outros nove morreram em confrontos.

No sábado (16), a polícia localizou outros dois suspeitos. Um deles morreu em troca de tiros em Periperi, segundo a Secretaria de Segurança. Outro foi preso no Residencial Parque das Bromélias.

A operação foi deflagrada na sexta-feira (15) e reuniu Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia Civil em ação contra uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e armas e homicídios no bairro de Valéria. Outros dois policiais ficaram feridos na ação.

Entre os demais mortos na ação policial está Uélisson Neves Brito, conhecido como Cara Fina, que fazia parte da lista da Secretaria de Segurança dos foragidos mais perigosos do estado. Com ele e os outros três mortos, foram encontrados dois fuzis, uma submetralhadora e duas pistolas.

Nesta segunda-feira (18), o bairro de Valéria amanheceu sem ônibus e com mais de 2.000 alunos com aulas suspensas. Os transtornos têm sido frequentes na capital baiana no mês de setembro em razão dos problemas na área da segurança pública.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que a pasta está auxiliando o governo da Bahia e há 12 agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e 98 da PF (Polícia Federal) atuando em parceria com as forças policiais do estado.

"O governador Jerônimo [Rodrigues] esteve conosco e nós temos fortalecido e muito a presença federal em apoio a Bahia por causa das dificuldades lá existentes por conta da disputa territorial de facções que se estabeleceu naquele estado. Nós temos a presença de policiais federais e da PRF que chegam a 110", disse durante coletiva nesta segunda-feira (18).

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A Bahia enfrenta um de seus momentos mais graves na gestão da segurança, com o acirramento da guerra entre facções, chacinas e escalada da letalidade policial, com epicentro nas periferias das cidades, cujas famílias vivenciam a morte diária de uma legião de jovens negros e pobres.

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam a Bahia como o estado com maior número absoluto de mortes violentas do Brasil desde 2019. Em 2022, o estado conseguiu reduzir em 5,9% o número de ocorrências, fechando o ano com 6.659 assassinatos.

A Bahia foi, no ano passado, o estado com mais mortes decorrentes de intervenção policial, com 1.464 ocorrências —o que dá uma média de 28 casos por semana. Desde 2015, o número de mortes registradas como autos de resistência quadruplicou no estado.

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