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Descrição de chapéu Obituário Raymundo Faria de Oliveira (1926 - 2023)

Mortes: Homem de muitas faces, habilidades e conquistas

Raymundo Faria de Oliveira era escritor, poeta, violinista, contabilista, advogado, professor e procurador

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São Paulo

Escritor, poeta, violinista, contabilista, advogado, professor e decano dos ex-presidentes da Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo, Raymundo Faria de Oliveira foi muitos, mas também único em uma vida de muitas conquistas.

Nascido em 23 de agosto de 1926, em Missão Velha/Cariri, no interior do Ceará, Raymundo se mudou com os pais Amâncio Pimenta Neto e Emília Vianna de Faria, aos três anos, para Caiuá, cidade da região de Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Na cidade nasceram seus cinco irmãos: Maria e Raul, já falecidos, e Plácido, Geraldo e Rossildo.

Na juventude, foi ajudante de sapateiro e alfaiate. Já em Presidente Venceslau, na mesma região, formou-se em contabilidade e abriu um escritório que virou referência. Na sequência, graduou-se em direito pela Instituição Toledo de Ensino, em Bauru.

Raymundo Faria de Oliveira (1926 - 2023) - Leitor

Após atuar na área, ele prestou concurso público e se tornou procurador do Estado de São Paulo em 1971, função que exerceu por 16 anos. Foi presidente da Associação dos Procuradores no biênio 1973/1974.

Paralelamente, ele se dedicou a um hobby que também se tornou uma de suas marcas: tocar violão.

"Raymundo era autodidata, um violinista extraordinário. Influenciou os outros irmãos, que se dedicaram à música. Graças a ele, nossa casa sempre foi muito alegre com reunião dos irmãos e amigos, também músicos. Eram longas horas de boa música", lembra Rossildo.

Do casamento com a professora Ana Maria Angelini de Oliveira, nasceram os filhos Humberto, 65, Maria Luiza, 64, e Paulo. Em 1983, a morte de Paulo, aos 17 anos, foi a primeira grande tristeza de Raymundo, que ficou dois anos sem tocar violão. A outra tristeza foi a morte da esposa, há cinco anos.

"Meu pai era uma pessoa muito centrada, equilibrada. Sempre mostrava preocupação com o que fazíamos e conversava muito. Era o nosso porto seguro", diz a filha. "Nos momentos de tristeza ele sempre tinha muita fé e nós procuramos seguir o exemplo dele."

Raymundo também se dedicou a outra paixão: a literatura. Além de crônicas para jornais e revistas da capital e do interior paulista, ele também escreveu 17 livros, como "A Menina", que ganhou destaque no 17º Concurso Nacional de Poesias, e "Poemas da Madrugada", ganhador do Prêmio José Ermírio de Moraes, no Masp (Museu de Arte de São Paulo).

"Fui privilegiada de ter um pai maravilhoso por tanto tempo. Mesmo aos 97 anos ele era lúcido e pé no chão", lembra Maria Luiza.

Após ficar uma semana internado, Raymundo morreu no dia 11 de dezembro, aos 97 anos. Ele deixa dois filhos, três irmãos e muitos amigos e fãs.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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