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Relacionamentos abertos e as várias formas de amar

Edição da newsletter Todas fala sobre casais não monogâmicos

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São Paulo

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Existe só um formato possível para ser feliz em um relacionamento? É partindo desse questionamento que na Folha, por meio da iniciativa Todas, começamos a publicar a série É Tudo Amor, que fala sobre modelos de relacionamentos abordando as mudanças nas formas de amar e como o sentimento se reflete nas diferentes gerações. Há diferentes configurações do que é um namoro ou casamento, e muitos laços rompem padrões e regras pré-estabelecidas pela sociedade.

Algumas pessoas podem ter uma visão equivocada ao pensar que a não-monogamia tem a ver com pegação. Mas não é sobre isso. A espanhola Brigitte Vasallo, autora de "O Desafio Poliamoroso", diz que o poliamor vai muito além de sair com outras pessoas e que o problema está na ideia de casal estabelecida na sociedade capitalista. Sobre o amor, na entrevista feita pela repórter Bárbara Blum, ela diz: "Só por ser algo que sentimos não quer dizer que não esteja atravessada culturalmente".

"Nós somos frutos da nossa cultura, e na nossa cultura ocidental, o que rege as mentalidades é o amor romântico", disse a psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, que entrevistei. "A minha crítica é porque é um tipo de amor que prega que as duas pessoas vão se transformar numa só, que nada mais vai lhes faltar, que qualquer coisa só tem graça se o amado ou amada estiver junto", ela complementou.

Lorena Gomes e Gustavo Blosfeld viviam um relacionamento não monogâmico, mas decidiram fechar a relação - Folhapress

A origem da monogamia, segundo especialistas, não está relacionada ao amor e nem à natureza e sim a um conjunto de interesses religiosos, econômicos e políticos. A socióloga Mônica Barbosa, parte do grupo Afetos, Políticas e Sexualidades Não-Monogâmicas, da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), observou que "a monogamia é a norma" e está longe de ser "uma moda que passou".

A série traz, inclusive, relatos de casais juntos há décadas, como o agricultor José Rubini, 86, e a dona de casa Rosa Davi Rubini, 82, que completam 64 anos de casamento neste mês. "Tudo que decidimos os dois estão de acordo. Ela não é só minha esposa, é minha amiga, tudo para mim", disse José à repórter Danielle Castro. Segundo especialistas ouvidos na reportagem, a ideia de encontrar um único amor para toda a vida ainda faz parte do imaginário popular.

Por outro lado, mais de 30 países no mundo aceitam a poligamia, ou seja, é permitido a união conjugal de uma pessoa com várias. A prática, que em geral é rara, tem maior aceitação social e permissão na região da África subsaariana e do Golfo Pérsico.

A série também aborda o comportamento dos casais. É comum relacionamentos abertos terem algumas regras, como não ficar com amigos, mas não é como se não existissem também em relações monogâmicas. "Acontece que a regra já vem pronta e já está em prática. A diferença é que você não as questiona", afirmou Felipe Starling, psicólogo clínico e terapeuta de casal com quem conversei sobre o tema.

Lorena Gomes, 30, e Gustavo Blosfeld, 33, tinham algumas regras para seu relacionamento aberto, que durou cerca de quatro anos nessa configuração. Mas eles sentiram que precisavam se reconectar e resolveram se relacionar só entre si. Para Lorena, o relacionamento não tem uma fórmula única e não é linear. "As pessoas podem ser o que quiserem dentro da relação, desde que elas se respeitem, se organizem e cuidem umas das outras", disse.

Li por aqui

Rebeca Andrade se prepara para as Olimpíadas que começam na próxima semana, em Paris, consolidada como uma das grandes ginastas do mundo. Ela deu uma entrevista à Folha contanto sobre a pressão de carregar esse fardo e como tem se preparado para a competição, além da sua relação com Simone Biles.

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Tem muita coisa surgindo a todo o momento no streaming, mas algo que acho imperdível é a série "O Urso", disponível no Disney+, que mostra o processo de um chefe talentoso de assumir e reerguer o restaurante do irmão após a sua morte. Protagonizada por Jeremy Allen White e Ayo Edebiri, a produção chega à sua terceira temporada e traz drama familiar, melancolia e comédia na dose certa.

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