Alemanha tem recorde diário de mortes por Covid-19 no dia em que retoma confinamento parcial
Reuniões de Natal serão autorizadas apenas entre parentes muito próximos, e festas de Réveillon serão reduzidas ao mínimo
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A Alemanha registrou um número recorde de mortes por Covid-19 nesta quarta-feira (16), no mesmo dia em que entrou em um novo confinamento parcial que pode durar mais que o esperado diante da preocupante propagação do novo coronavírus.
Ao todo, 952 pessoas morreram da doença nas últimas 24 horas. O país também registrou 27.728 novos casos confirmados de Covid-19, segundo o instituto de vigilância epidemiológica Robert Koch.
O número de contágios se aproximou do recorde de quase 30 mil casos de sexta-feira passada. O recorde anterior de mortes em apenas um dia era de 11 de dezembro, com quase 600 vítimas.
A situação das UTIs é cada vez mais preocupante: 83% dos leitos de reanimação das clínicas alemãs estão ocupados, segundo a Federação de Medicina Intensiva (Divi). Mas ainda há quase 5.000 leitos disponíveis, contra 9.000 de meados de outubro.
O cenário atual contrasta com o da primeira onda da pandemia, no primeiro semestre, que foi bem administrada pelo país.
No novo confinamento parcial, houve fechamento das escolas e dos estabelecimentos comerciais não essenciais. As autoridades desejam aplicar pelo menos até 10 de janeiro a regra 'fique em casa' em todo o país, segundo texto da resolução aprovada no domingo em uma reunião entre a chanceler Angela Merkel e os governantes dos 16 estados regionais.
Os contatos sociais serão muito restritos entre 24 e 26 de dezembro. As reuniões serão autorizadas apenas entre parentes muito próximos. As celebrações de Ano Novo serão reduzidas ao mínimo, com a proibição das vendas de fogos de artifício e das reuniões.
As medidas têm o objetivo de evitar o colapso do sistema hospitalar. Na capital Berlim, a taxa de ocupação dos serviços que atendem os casos mais graves de Covid-19 já supera 88%.
Em várias cidades, a população correu para fazer as compras de Natal antes do fechamento das lojas. "Espero que as compras de segunda-feira e terça-feira não nos penalizem", disse Angela Merkel. "A vacina nos ajudará, mas a evolução da pandemia continua sendo imprevisível", completou, enquanto o governo pressiona a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para que valide o mais rápido possível a vacina dos laboratórios Pfizer/BioNTech.
Espera-se que a campanha de vacinação na Alemanha comece antes do fim do ano. "Poderemos voltar gradualmente à normalidade a partir do verão", prometeu o ministro da Saúde, Jens Spahn.
Um funcionário da Associação Médica Mundial, Frank Ulrich Montgomery, disse que espera medidas de confinamento "ao menos até a Páscoa". "Mesmo que as vacinas cheguem antes do esperado, contribuirão lentamente para melhorar a situação", afirmou.
Outros países também ampliaram as restrições de viagens antes do Natal.
No Reino Unido, pubs, restaurantes e hotéis de Londres terão que fechar pela terceira vez este ano. A Dinamarca aplica um confinamento parcial em todo o país, e a Holanda decretou um fechamento de cinco semanas, que começou na terça-feira.
A França, onde bares, restaurantes e centros culturais estão fechados desde o fim de outubro, aplica um toque de recolher entre 20h e 6h.
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