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Ministério da Saúde vai liberar dose de reforço contra Covid para todos os adultos

Intervalo da vacina vai diminuir de 6 para 5 meses e valerá para pessoas com 18 anos ou mais

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Brasília

O Ministério da Saúde irá liberar a dose de reforço da vacina contra Covid para pessoas com 18 anos ou mais. A aplicação da nova injeção será realizada cinco meses após o esquema vacinal básico para todos os adultos.

A decisão foi anunciada em entrevista coletiva no Ministério da Saúde nesta terça-feira (16).

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista coletiva sobre mudanças na vacinação - Divulgação/Ministério da Saúde

Desde o fim de setembro, o Ministério da Saúde indica a aplicação da dose de reforço em pessoas acima de 60 anos, além de integrantes de grupos de risco, como pacientes em quimioterapia, com imunodeficiência, pessoas que vivem com HIV/Aids, entre outros casos.

Para esse público, as doses eram aplicadas após seis meses do ciclo vacinal completo, ou seja, depois da segunda aplicação das vacinas da Pfizer, Coronavac, AstraZeneca e Janssen, que vai passar a ser administrada em duas aplicações como os demais.

Com a mudança anunciada nesta terça, o intervalo será reduzido para cinco meses apos o ciclo básico.

"Acima de cinco meses da segunda dose, independente da idade, já se pode buscar a sala de imunização. Ocorre que, no início da campanha, foi por faixa etária e também em função de comorbidades, acaba seguindo esse mesmo cronograma e queles que têm a vacina mais antiga vão ter acesso primeiro", pontuou o ministro.

As diretrizes do Ministério da Saúde sobre a campanha de vacinação servem para orientar estados e municípios, mas não há uma obrigação de seguir o governo federal. Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e alguns municípios já anteciparam a mudança e reduziram de seis para cinco meses o intervalo para aplicar a dose de reforço.

Queiroga destaca que a dose de reforço deve ser aplicada com uma vacina diferente da tomada no esquema vacinal básico. A orientação é que o reforço seja aplicado, preferencialmente, com a vacina da Pfizer. Na falta desse imunizante, pode ser aplicada a Astrazeneca ou Janssen.

Para as pessoas que já tomaram uma vacina heteróloga entre a primeira e segunda dose, a vacina da Pfizer é que deve ser aplicada.

A decisão foi tomada após os resultados preliminares de um estudo da Universidade de Oxford sobre a dose de reforço, encomendado pelo Ministério da Saúde, mostrarem que o esquema heterólogo aumenta significativamente a imunidade.

"Temos uma das campanhas de vacinação da Covid mais importantes do mundo, ultrapassamos os Estados Unidos em relação ao percentual da população completamente imunizada. Mas temos que avançar ainda mais para que não aconteça o que está acontecendo em alguns países da Europa, como o aumento de casos", disse.

A Alemanha, por exemplo, cogita voltar ao regime de home office, enquanto a Holanda se tornou na sexta-feira (12) o primeiro país da Europa Ocidental a retomar medidas mais rígidas de isolamento social por causa da Covid.

O Brasil tem 58,9% da população com o primeiro ciclo vacinal completo. Cerca de 75,7% da população recebeu ao menos uma dose. Os dados são do consórcio formado pelos veículos Folha, Uol, O Estado de S. Paulo, Extra, o Globo e G1.

Segundo o site Our World in Data, vinculado à Universidade de Oxford, na Inglaterra, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos no percentual de vacinados contra Covid.

A informação foi compartilhada numa rede social pelo cientista Eric Topol, cardiologista, fundador e diretor do Scripps Research Translational Institute, e professor de Medicina Molecular no Scripps Research Institute. De acordo com ele, o Brasil se uniu a outros 55 países que superaram os índices americanos.

Queiroga também anunciou a campanha de Mega Vacinação que será realizada pelo Ministério da Saúde. O dia D ocorrerá no sábado (20). A intenção é que as pessoas procurem as unidades básicas de saúde para a segunda dose e a dose de reforço.

"Primeiro, será uma iniciativa publicitária para convencer as pessoas a buscarem as salas de vacinação. Nesse sentido, nós pedimos a ajuda de vocês [imprensa] que tem informado a população para que possam procurar as salas de vacinação. A campanha é implementada pelo município na ponta, mas há possibilidade de fazer mutirões, ampliar horário de acesso na UBS para que as pessoas possam ter mais acesso", destacou Queiroga.

Segundo Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária de Enfrentamento da Covid-19 do Ministério da Saúde, 21 milhões de pessoas estão aptas para receber a segunda dose. Há conversas com o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) para tentar reduzir esse quantitativo.

"Observamos que uma faixa etária mais jovem, de 25 a 34 anos, está perfazendo um quantitativo expressivo para não tomar a segunda dose. Os fatores que explicam isso são multifatoriais, desde uma não informação adequada dos efeitos adversos, medo, propagandas que acontecem e, também, todos estão voltando a trabalhar e têm dificuldade de ir a uma unidade", avaliou.

Vacinação de crianças e adolescentes

Para a população com menos de 18 anos, no Brasil apenas a Pfizer tem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicar a injeção contra a Covid em adolescentes que têm de 12 a 17 anos.

Na última sexta-feira (12), a agência recebeu o pedido de uso desse imunizante em crianças de 5 a 11 anos. A solicitação deverá ser analisada em um prazo de até 30 dias.

O Instituto Butantan, responsável no Brasil pela produção da Coronavac, afirma ter apresentado os documentos necessários para a liberação do imunizante para crianças, mas o órgão regulador nega ter recebido informações suficientes para a autorização.

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