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Após ômicron, Anvisa exige avaliação de eficácia de vacinas contra variantes

Agência solicitou a laboratórios informações sobre estudos em andamento

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Brasília

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exigiu que os laboratórios avaliem a eficácia da vacina contra a Covid-19 diante das novas variantes.

Para isso, a agência solicitou às desenvolvedoras de vacinas informações sobre os estudos em andamento. O ofício foi encaminhado nesta quarta-feira (1°) para os laboratórios que possuem vacinas aprovada no Brasil: Pfizer, Instituto Butantan, Fiocruz e Janssen.

Imagem do vírus Sars-Cov-2 - National Institute of Allergy and Infectious Diseases/AFP

A Anvisa informou, em nota, que está trabalhando ativamente com os reguladores internacionais e desenvolvedores dos imunizantes para possibilitar uma atuação rápida diante de potenciais impactos da nova variante ômicron nas vacinas contra Covid-19.

"A Anvisa exige, para as vacinas autorizadas, que os desenvolvedores monitorem e avaliem o impacto das variantes na eficácia e na efetividade dos imunizantes. É preciso observar, porém, que esses estudos demandam tempo, uma vez que é preciso obter informações genéticas e amostras de pacientes para então realizar os testes e a análise", disse.

A expectativa da agência é que, nas próximas semanas, estejam disponíveis os dados das avaliações iniciais. Até o momento, não se conhecem esses impactos.

Segundo a Anvisa, o momento é de cautela. Isso porque, até o momento, o que se sabe é que as vacinas permanecem efetivas na prevenção contra a Covid-19 e desfechos clínicos graves, incluindo hospitalização e morte.

A agência avalia que o melhor a se fazer é que a população se vacine ou receba o reforço do imunizante. Além de manter as medidas de prevenção, como o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social.

"A Anvisa mantém o compromisso de atuar juntamente com as autoridades internacionais e as empresas envolvidas para permitir que as atualizações nas vacinas, caso necessárias, sejam realizadas com agilidade, mantendo o perfil de qualidade, eficácia e segurança", disse em nota.

Como a Folha mostrou, laboratórios têm feito testes para avaliar o efeito da vacina em relação à variante ômicron, uma cepa potencialmente mais transmissível da Covid-19, identificada inicialmente na África do Sul.

A presidente da Pfizer no Brasil, Marta Díez, disse à Folha que a farmacêutica ainda avalia se a sua vacina perde força em contato com a ômicron. A ideia é que os resultados sejam divulgados "nas próximas semanas", em dezembro.

Ela afirmou que o novo contrato com o Ministério da Saúde prevê a entrega de vacinas contra Covid adaptadas às novas variantes do coronavírus.

Formalizado na segunda (29), o acordo com o governo federal garante ao Brasil 100 milhões de doses do imunizante em 2022, com opção de comprar mais 50 milhões de unidades.

A Janssen também está avaliando a eficácia de sua vacina contra a ômicron. "Começamos a trabalhar para projetar e desenvolver uma nova vacina contra a ômicron e vamos progredir rapidamente em estudos clínicos, se necessário", disse Mathai Mammen, diretor global de pesquisa da unidade farmacêutica da Johnson & Johnson.

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