Laboratórios trabalham em vacinas específicas contra a variante ômicron do coronavírus

Porém, ainda não há informações precisas sobre o potencial de escape vacinal da nova cepa

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Reuters

AS farmacêuticas BioNTech, Moderna e Janssen estão trabalhando em vacinas desenhadas especificamente contra a variante ômicron, caso seus imunizantes atuais não sejam eficazes contra a nova cepa do Sars-CoV-2, segundo informações divulgadas pelas empresas na segunda-feira (29).

O surgimento da variante desencadeou uma forte resposta global, e os países, temendo que ela possa se espalhar rapidamente, mesmo em populações vacinadas, impuseram restrições de viagem, entre outras.

A BioNTech disse que começou a trabalhar em uma vacina sob medida para a variante ômicron, junto com sua parceira Pfizer. A vacina das empresas tem autorização de uso no Brasil.

Inúmeras bolinhas azuis, umas ao lado das outras
Vírus Sars-CoV-2 visto pelo microscópio - National Institute of Allergy and Infectious Diseases/AFP

Enquanto isso, a Moderna —que não tem imunizante usado no Brasil— poderá levar meses para começar a vender uma nova vacina, segundo afirmou o CEO da empresa, Stéphane Bancel, à rede CNBC.

Bancel disse que a eficácia das vacinas existentes contra Covid-19 para essa variante não é conhecida. Segundo ele, deverá haver maior clareza quanto a isso nas próximas semanas.

A Janssen também está avaliando a eficácia de sua vacina contra a ômicron. "Começamos a trabalhar para projetar e desenvolver uma nova vacina contra a ômicron e vamos progredir rapidamente em estudos clínicos, se necessário", disse Mathai Mammen, diretor global de pesquisa da unidade farmacêutica da Johnson & Johnson.

Um dos pontos que chama a atenção na ômicron é o elevado número de mutações —mais de 30— em sua proteína S (que é a usada para se encaixar nas células humanas e as invadir), algo não visto em outras cepas que surgiram durante a pandemia.

Especialistas temem que a nova variante seja mais transmissível do que as anteriores. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), informações preliminares apontam que, em comparação a variantes anteriores, pessoas que já tiveram Covid poderiam se reinfectar mais facilmente com a ômicron.

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