Siga a folha

Descrição de chapéu Corpo Todas diabetes

Pacientes tendem a ganhar peso quando param de usar Mounjaro, diz estudo

Pesquisadores defendem o uso contínuo da medicação para tratamento da obesidade

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em setembro, o Mounjaro (nome comercial da tirzepatida) promete ter mais eficácia do que os outros medicamentos do grupo "canetas emagrecedoras" —como o Ozempic.

Seu resultado, porém, depende do uso continuado, diz novo estudo publicado na revista da Associação Americana de Medicina (Jama, na sigla em inglês). O ensaio clínico de fase três mostrou que quem interrompe o uso da tirzepatida perde menos peso e tem mais chance de voltar a ganhá-lo, em maior quantidade, do que quem mantém o uso.

Medicamento é injetável e à base de tizerpatida, princípio ativo que imita dois hormônios intestinais - Reuters

Participaram do estudo 783 pessoas obesas ou que apresentavam sobrepeso aliado a alguma complicação (como diabetes), de quatro países, durante 88 semanas.

Primeiro, todas receberam as injeções a cada sete dias por 36 semanas. Depois, foram separadas em dois grupos. Metade continuou tomando o medicamento até o final do estudo, outra recebeu placebo.

Aqueles que usaram o medicamento de forma contínua, até o final do estudo, tiveram uma redução média de 25,3% no peso. Nas 36 semanas, os participantes tiveram uma redução de 20,6%. Todos receberam a instrução de fazer atividade física e comer de forma saudável nesse período.

Estudo anterior, publicado no The New England Journal of Medicine, descobriu que o uso de tirzepatida leva à redução de 22% do peso corporal, em média. Para a semaglutida, princípio ativo do Ozempic e do Wegovy, a média foi de 15%.

Os fármacos atuam na sensação de saciedade e no metabolismo do corpo humano. A diferença é que a tirzepatida imita a ação do peptídeo semelhante a glucagon 1, ou GLP-1, e o peptídeo insulinotrópico dependente de glicose; já a semaglutida simula apenas o GLP-1.

A interrupção da semaglutida também pode provocar a recuperação substancial do peso, dizem os pesquisadores. "A obesidade é uma condição metabólica crônica semelhante ao diabetes tipo 2 e à hipertensão, que requer terapia de longo prazo na maioria dos pacientes", afirmam.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas