'É urgente' retomar vacinação contra sarampo para evitar surtos, diz OMS
Mais de 50 países tiveram surtos da doença no último ano, o dobro do registrado em 2022
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Vacinar crianças que não tomaram as doses contra o sarampo devido à pandemia de Covid é urgente, disse uma alta funcionária da OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta terça-feira (19), à medida que os surtos da doença infecciosa aumentam em todo o mundo.
Mais de 50 países tiveram surtos de sarampo "grandes e expressivos" no último ano, o dobro do registrado em 2022, disse Kate O'Brien, diretora de Vacinas da OMS, em um encontro virtual com jornalistas.
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que causa sintomas semelhantes aos da gripe e erupções cutâneas. Pode ser fatal, mas é prevenível com duas doses da vacina.
A Covid interrompeu o calendário de vacinação em todo o mundo e cerca de 60 milhões de crianças não tomaram a vacina durante esse período, disse O'Brien.
Ela disse que os esforços para retomada da vacinação são "realmente urgentes".
"Agora é uma corrida para a retomada rápida da vacinação para que os surtos de sarampo sejam interrompidos", disse ela.
Na segunda-feira (18), os centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos também incentivaram as pessoas a se vacinarem contra o sarampo diante do aumento global de casos.
Os especialistas da OMS também apoiaram novas formas de usar vacinas existentes para combater outros surtos de doenças, incluindo o uso da vacina contra Mpox fabricada pela Bavarian Nordic (BAVA.CO) para crianças em situação de risco em países africanos.
Eles também recomendaram o uso da vacina contra a hepatite E para todas as mulheres em idade fértil que vivam em situações de emergência. A infecção, transmitida principalmente por água contaminada, pode ser particularmente perigosa para mulheres grávidas.
A vacina, desenvolvida pela Xiamen Innovax Biotech da China, não foi amplamente utilizada fora da China, embora tenha sido apoiada pela OMS para uso em surtos desde 2015.
A presidente do comitê de vacinas especialista da OMS, Hanna Nohynek, disse na entrevista a jornalistas, que a vacinação apenas nos surtos é um sinal de que "a normalidade está começando a ser conviver com surtos (...) isso é um pouco alarmante".
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