Siga a folha

Xavi exalta 'roda de bobinho' e prevê Neymar como referência no futebol

Crédito: Ander Gillenea/AFP Xavi comemora o título da Copa do Rei de 2015, sua última partida pelo Barcelona

Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados Você atingiu o limite de
por mês.

Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login

Um dos maiores meias da história do futebol, Xavi, 37, chama a atenção para um treino que é considerado apenas uma brincadeira de aquecimento em quase todos os clubes, mas ele considera um "exercício incrível" para aprimorar a técnica, passe e senso de posição: a roda de bobinho.

Para o jogador que ganhou quatro Ligas dos Campeões da Europa com o Barcelona (2006, 2009, 2011 e 2015), uma Copa do Mundo (2010) e duas Eurocopas (2008 e 2012) pela seleção espanhola, o desenvolvimento possível com a roda de bobinho é "infinito".

"As pessoas ainda pensam que o bobinho é uma brincadeira. Não! O bobinho é um exercício incrível: as duas pernas, olhar a segunda linha, dar um passe por dentro, atrair, atrair e quando o defensor vier pronto, dá o passe para o outro lado. Você não se cansa. É um exercício que permite um desenvolvimento infinito. Por exemplo: sete contra dois, cinco contra dois (que já é mais difícil encontrar a solução). Nove contra dois é mais lúdico. Ou pode fazer um bobinho grande com três no meio: dois que pressionam e um que faz a cobertura atrás, você precisa ver onde está o espaço, por onde passar a bola... Te obriga a olhar o que acontece ao seu redor, onde está o homem livre. No Barcelona entendemos o futebol como espaço-tempo. Quem o domina? Busquets, Messi, Iniesta: são mestres do espaço-tempo", ele disse em entrevista publicada pelo jornal espanhol "El Pais".

Xavi atualmente joga pelo Al-Saad, do Qatar, e auxilia a família real com projeto de desenvolvimento do futebol local. Também foi contratado para ser embaixador da Copa do Mundo de 2022, que será no país.

Para ele, é uma vergonha que Messi seja comparado com qualquer outro jogador, voltando a defender que o atacante argentino é o maior de todos os tempos. Mas ele crê que no futuro, com a queda de rendimento de Messi e Cristiano Ronaldo, o brasileiro Neymar terá alguns anos de reinado como melhor do mundo.

"Acredito que haverá uma época depois de Messi e Cristiano em que Neymar será a referência. Porque, além do mais, é brasileiro, e o Brasil tem todos os números para estar na final de uma Copa. Será uma era Neymar de três ou quatro anos. E depois virá Mbappé. Tem um potencial tremendo. É muito jovem. Só 19 anos. E é uma fera. Acredito que o talento se impõe ao físico. Neymar é como Messi: talento e físico. E acredito que Mbappé tenha mais físico que talento", completou.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas