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Descrição de chapéu Liga dos Campeões 2019

PSG e Liverpool confirmam domínio de mais ricos nas oitavas da Champions

Dos 16 clubes que avançam para a próxima fase, só 4 não estão entre os 16 com maiores receitas

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São Paulo

Com as classificações de Paris Saint-Germain (FRA), Liverpool (ING) e Tottenham (ING) para as oitavas de final da Champions League, nesta terça-feira (11), 12 dos 16 clubes mais ricos do mundo estarão entre os 16 que disputam a próxima fase do torneio.

O dado mostra como o dinheiro se tornou um fator determinante para o sucesso das equipes na principal competição de clubes do mundo.

A parcela é a maior possível, já que dentre tais 16, são ausência nas oitavas Arsenal, Chelsea e Leicester, ingleses que não disputam a Champions nesta temporada, e a Inter de Milão (ITA), que estava em um grupo com três integrantes da lista e só duas vagas.

Marquinhos comemora gol pelo PSG na Champions League - FRANCK FIFE/AFP

O PSG garantiu sua classificação com goleada por 4 a 1 sobre o Estrela Vermelha, na Sérvia. Cavani, Neymar, Marquinhos e Mbappé fizeram os gols da equipe francesa.

O Liverpool, que estava no mesmo grupo dos parisienses, venceu o Napoli em confronto direto por vaga nas oitavas por 1 a 0, com gol de Salah, e também avançou.

No Grupo B, o Tottenham (ING) se classificou após empate em 1 a 1 com o Barcelona (ESP), com gol de Lucas Moura, aos 40 min do segundo tempo, já que a Inter de Milão (ITA) também empatou em 1 a 1 com o PSV (HOL).

Manchester United (ING), Real Madrid (ESP), Barcelona (ESP), Bayern de Munique (ALE), Manchester City (ING), Juventus (ITA), Borussia Dortmund (ALE), Atlético de Madri (ESP), Schalke 04 (ALE), Roma (ITA), Porto (POR) e Ajax (HOL) já haviam garantido a vaga antes mesmo da disputa da última rodada da fase de grupos —destes, apenas os últimos três não estão entre os 16 que mais faturam.

A última vaga nas oitavas será definida nesta quarta (12) entre Shakthar Donetsk e Lyon, que também estão fora da relação dos clubes mais ricos.

A lista é feita com base em levantamento da consultoria Deloitte, publicado no início deste ano, que definiu o ranking baseado na receita dos clubes na temporada 2016/2017 do futebol europeu.

O Manchester United ocupa o topo da pirâmide financeira tendo faturado 676,3 milhões de euros (R$ 2,9 bilhões).

O time se classificou com a Juventus no Grupo H, onde também estavam o Valencia (ESP) e Young Boys (SUI).

O Manchester City é o quinto que mais faturou: 527 milhões de euros (aproximadamente R$ 2,3 bilhões) na temporada 2016/2017, na qual sagrou-se campeão inglês.

O faturamento dos clubes da Inglaterra foi turbinado recentemente com a renovação dos direitos televisivos da Premier League. As emissoras pagaram 4,464 bilhões de libras (quase R$ 22 bilhões) por cinco dos sete pacotes de TV referentes ao período 2019-2022.

Real Madrid, Barcelona e Bayern de Munique completam o top 5 do levantamento.

PSG, Liverpool, Juventus, Tottenham, Borussia Dortmund, Atlético de Madrid e Schalke 04, são 6º, 7º, 10º, 11º 12º, 13º e 16º mais ricos, respectivamente.

Os intrusos Roma, Porto e Ajax não estão nem entre os 20 que mais faturaram.

A classificação da equipe italiana, semifinalista da última edição do torneio, pode ser explicada pela presença de equipes de centros menos desenvolvidos do futebol europeu na sua chave.

A equipe está em segundo no Grupo G, à frente do Viktoria Plzen, da República Tcheca, e do CSKA Moscou, da Rússia —o líder é o Real Madrid.

Já Ajax e Porto, de países sem o mesmo poder econômico dos grandes centros do futebol europeu, apostam em modelos de investimento diferentes dos clubes mais ricos, sempre buscando contratar dos principais atletas disponíveis no mercado.

O time holandês, historicamente, é um revelador de talentos. Foi lá que surgiram estrelas como Johan Cruyff, Edgar Davids, Frank de Boer, Clarence Seedorf, Dennis Bergkamp, Patrick Kluivert e Wesley Sneijder, entre outros.

O modelo atual do time consiste em aliar a revelação de jogadores com a contratação de alguns jovens estrangeiros que tenham boa perspectiva de crescimento.

São os casos do lateral argentino Nicolás Tagliafico, 26, ex-Independiente (ARG), e do atacante brasileiro David Neres, 21, ex-São Paulo. Isso faz com que o time tenha média de idade de só 23 anos.

O Porto é menos revelador, mas também aposta na prospecção de jovens de outros mercados, especialmente o sul-americano. A política de contratação do clube português ganhou notoriedade na temporada 2010/2011, com o título da Liga Europa.

Atletas como os colombianos Radamel Falcao García e James Rodríguez foram tirados da América do Sul por valores baixos e depois revendidos a times de ponta da Europa por muito mais dinheiro.

A estratégia segue com as contratações recentes, como as dos brasileiros Éder Militão, 20, João Pedro, 22, e Otávio, 23. A média de idade do Porto é de 25,2 anos.

Outra explicação para o sucesso dessas equipes pode ser a tradição delas na Champions. Os holandeses são tetracampeões do torneio (1971, 1972, 1973 e 1995), enquanto os portugueses já levantaram a taça duas vezes (1987 e 2004).

Os outros dois times que ainda buscam a classificação às oitavas, Lyon (FRA) e Shakhtar Donetsk (UCR), que se enfrentam nesta quarta (12), às 18h, também conseguem se sobressair com a aposta em atletas jovens.

A prática do Shakhtar de buscar revelações no Brasil para amadurecê-los na Ucrânia já é conhecida. Só no atual elenco são dez jogadores brasileiros: Ismaily, Maycon, Alan Patrick, Wellington Nem, Dentinho, Taison, Fernando, Marquinhos Cipriano, Júnior Marques e Marlos, este último naturalizado ucraniano.

Já o Lyon trabalha com estratégia semelhante à do Ajax: revelar em casa e buscar no mercado jovens promissores. É o caso de Nabil Fekir, meia-atacante de origem argelina revelado pelo clube.

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