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Michael Jordan chora, e NBA homenageia Kobe Bryant em memorial

Evento no ginásio dos Lakers recebeu 20 mil pessoas e grandes nomes do basquete

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São Paulo

Cerca de 20 mil pessoas compareceram ao Staples Center, ginásio do Los Angeles Lakers, nesta segunda (24), para acompanhar memorial em homenagem ao jogador Kobe Bryant e à filha dele, Gianna. Os dois morreram na queda de um helicóptero na Califórnia, Estados Unidos, em 26 de janeiro. 

Os ingressos custaram de US$ 24,02 (R$ 105,50) a US$ 224 (R$ 983,8). Os preços foram determinados assim para homenagear Kobe, que usou o número 24 durante a carreira, e a Gianna, que vestia o 2 no início da sua. Ela tinha 13 anos.

Michael Jordan enxuga as lágrimas ao terminar discurso em homenagem a Kobe Bryant - Kevork Djansezian/Getty Images/AFP

O memorial começou às 15h30 (de Brasília) com Beyoncé cantando as músicas "XO" e "Halo". Grandes nomes da história do basquete estavam presentes, como Michael Jordan, Bill Russell, Kareem Abdul-Jabar, Magic Johnson, Phil Jackson e Shaquille O’Neal.

Ao redor da quadra onde aconteceu o evento foram espalhadas 33.643 rosas, representação dos pontos anotados por Kobe na carreira.

Russell esteve no mesmo Staples Center neste domingo (23) na partida do Lakers, que enfrentou o Boston Celtics. Vestia a camisa do time de Los Angeles e o número 24, em homenagem a Kobe, mesmo sendo um dos maiores ídolos da história dos Celtics. As equipes são donas da principal rivalidade da NBA.

Horas antes do início do memorial, a viúva, Vanessa Bryant, entrou com processo contra as empresas que operavam o helicóptero responsável pela morte de Kobe e Gianna. Outras sete pessoas também morreram na queda da aeronave.

A alegação contra a Island Express Helicopters e a Island Express Holding Corp é de que o piloto Ara Zobayan, que também morreu no acidente, não tomou precauções necessárias e foi negligente.

Na cerimônia, Vanessa fez dois discursos separados, um para Gianna e outro para Kobe.

“Quero que minhas filhas saibam e lembrem da pessoa maravilhosa que ele foi, marido e pai. Ele era o tipo de homem que queria ensinar para as futuras gerações a serem melhores e evitar que elas cometessem os erros que ele cometeu. Ele sempre gostou de trabalhar em projetos para melhorar a vida das crianças. Ele nos ensinou lições valiosas sobre a vida e esportes por meio da sua carreira na NBA”, disse.

Michael Jordan foi um dos oradores e chorou copiosamente durante o discurso. Relembrou como Kobe lhe mandava mensagens de madrugada para falar sobre técnicas do basquete.

No início, o astro que fez história no Chicago Bulls achou aquilo invasivo, mas depois diz ter compreendido que compartilhavam a mesma paixão pelo esporte.

“Quando Kobe morreu, uma parte de mim também morreu. Esse garoto tinha uma paixão como vocês nunca viram... O que Kobe representou para mim foi alguém que se importava realmente com a maneira como eu jogava ou a maneira que ele queria jogar. Ele queria ser o melhor jogador que pudesse e, quanto mais fui o conhecendo, mais queria que eu fosse [para Kobe] o melhor irmão mais velho que pudesse ser”, disse Jordan, seis vezes campeão da NBA com os Bulls.

O último ex-companheiro a subir ao palco foi o ex-pivô Shaquille O'Neal  Junto com Kobe no Los Angeles Lakers, eles ganharam três títulos consecutivos da liga, de 2000 a 2002. O relacionamento muitas vezes conturbado da dupla só teve harmonia depois que os dois se aposentaram.

“Assim como vocês, continuo devastado pela morte de Kobe e Gigi”, disse o ex-atleta, depois de contar histórias sobre o convívio entre eles no Lakers.

No final do evento, o curta-metragem “Dear Basketball” ("Querido Basquete"), baseado em texto de Kobe Bryant para o site The Player’s Tribune e pelo qual ele faturou um Oscar, foi exibido. O público foi embora ao som da música "Unforgettable" ("Inesquecível"), de Nat King Cole.

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