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Super Bowl terá time em casa pela 1ª vez, convidados vacinados e The Weeknd

Veja o que saber (para além do jogo) sobre a final da NFL entre Buccaneers e Chiefs

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Ken Belson
The New York Times

O Super Bowl é diferente de qualquer outro evento esportivo nos Estados Unidos: um jogo de futebol americano serve de âncora a festas, alarde e uma transmissão televisiva vistosa, na qual os comerciais e o show do intervalo são atração tão grande quanto o esporte, para os mais de 100 milhões de torcedores que assistirão.

Mas como tudo mais que aconteceu nos 12 meses transcorridos desde que a pandemia varreu o globo, o Super Bowl 55, em Tampa, foi adaptado às normas de saúde criadas depois da Covid-19 e sua escala foi reduzida, a despeito da empolgação criada por o Tampa Bay Buccaneers ser o primeiro time na história da NFL a disputar o título da temporada jogando em casa –o Raymond James Stadium.

Embora o futebol americano que será jogado no domingo deva ser bem parecido aos jogos de anos precedentes, quase tudo mais que cerca o Super Bowl de 2021 será diferente.

Super Bowl: Kansas City Chiefs vs. Tampa Bay Buccaneers

Domingo, 20h30 min, horário de Brasília - Transmissão da ESPN

Os jogadores estão passando por ainda mais exames de Covid-19

Os atletas, comissões técnicas e o pessoal de apoio de cada time vêm passando por exames diários de Covid-19 durante toda a temporada, o que inclui os dias de jogos. Desde que os Buccaneers e os Chiefs se classificaram para o Super Bowl, em 24 de janeiro, o pessoal dos dois times vêm passando por dois exames diários de coronavírus.

Qualquer pessoa apanhada no teste precisa se afastar do time por um mínimo de 10 dias. Os Buccaneers e os Chiefs não registram testes positivos para a presença do coronavírus há mais de três semanas.

No entanto, dois jogadores dos Chiefs –o recebedor Demarcus Robinson e o center Daniel Kilgore– estiveram em contato com uma pessoa infectada e precisam passar por pelo menos cinco dias de isolamento, confirmou Andy Reid, o treinador dos Chiefs, na segunda-feira (1º).

Desde o começo de agosto, cerca de 15 mil jogadores, treinadores e funcionários dos times da NFL passaram por quase um milhão de exames, uma quantidade muito superior à realizada por qualquer outra liga esportiva dos Estados Unidos. Mais de 700 jogadores, treinadores e funcionários foram identificados como portadores do coronavírus em exames durante esse período.

Por conta das preocupações quanto à exposição ao coronavírus, os Buccaneers e os Chiefs deixaram de lado o itinerário normal dos times que vão ao Super Bowl. Na maioria dos anos, os times chegariam à cidade que receberá o jogo uma semana antes da partida, para conduzir treinos e participar de entrevistas com a mídia. Neste ano, os jogadores e comissões técnicas realizarão essas entrevistas por videoconferência, como aconteceu ao longo de toda a temporada regular de 2020.

Para reduzir ainda mais a probabilidade de contágio, os Chiefs só devem chegar a Tampa no sábado. E os Buccaneers não terão um percurso muito longo a fazer.

Estádio Raymond James, em Tampa, que receberá o Super Bowl - AFP

O número de torcedores admitidos no jogo será mais baixo

O Super Bowl tipicamente vende todos os seus ingressos, mesmo aqueles cujos preços passam de US$ 10 mil. O público jamais foi inferior aos 61.946 espectadores que assistiram ao primeiro Super Bowl, realizado em Los Angeles em 1967, e em alguns anos superou os 100 mil torcedores.

Neste ano, a NFL receberá menos de 25 mil torcedores, o menor público já registrado em um Super Bowl, e menos de 50% da capacidade de público do Raymond James Stadium. A liga distribuiu 7.500 ingressos gratuitos para trabalhadores da saúde que já receberam vacina para o coronavírus.

Outros 14,5 mil ingressos serão vendidos a torcedores que não precisarão passar por exames ou vacinação antes de entrarem no estádio, e outros 2,7 mil torcedores ocuparão os camarotes de luxo. Todos os torcedores que assistirão ao jogo receberão um kit de equipamento pessoal de proteção, que inclui uma máscara KN95 e álcool desinfetante.

O show de The Weeknd respeitará o distanciamento social

A apresentação do intervalo do Super Bowl, neste ano estrelando The Weeknd, é a maior plataforma para qualquer artista, e a NFL reduziu substancialmente o número de pessoas que podem entrar no campo nos jogos desta temporada, a fim de reduzir o risco de exposição ao coronavírus. Por isso, é improvável que centenas de fãs sejam autorizados a entrar no campo para assistir ao show de The Weeknd diante do palco, como vinha sendo o caso nos últimos anos.

Mas The Weeknd, cujo nome real é Abel Tesfaye, disse que planeja gastar US$ 7 milhões de seu próprio dinheiro a fim de propiciar uma experiência melhor à audiência televisiva. Ele é o primeiro artista negro a comandar o show do intervalo desde que a NFL formou uma parceria com a Roc Nation, a empresa de entretenimento e esportes de Jay Z, no final de 2019, para que esta cuidasse da curadoria dos shows. Naquele ano, diversos artistas rejeitaram convites da NFL para se apresentar, em solidariedade a Colin Kaepernick.

Os comerciais de TV serão mais modestos

Os comerciais de TV veiculados durante o Super Bowl costumam atrair mais atenção do que o jogo. Neste ano, alguns dos maiores patrocinadores da transmissão televisiva, como a Coca-Cola e a Hyundai, decidiram não gastar milhões de dólares na compra dos comerciais de 30 segundos.

A Budweiser, gigante da cerveja cujos comerciais estrelados por sapos coaxantes, cavalos Clydesdale e cachorrinhos bonitinhos sempre foram destaque no Super Bowl, neste ano decidiu doar parte de sua verba publicitária para o Ad Council, uma organização sem fins lucrativos de profissionais de marketing que está lutando para combater o ceticismo quanto à vacina para o coronavírus.

Empresas mais novas, como Uber Eats, DoorDash e Vroom, que cresceram durante a pandemia, continuarão a disputar a atenção dos espectadores, no entanto.

As festas serão mais discretas, e alguns convidados participarão virtualmente

As festas tipicamente reluzentes do Super Bowl –entre as quais o evento anual organizado pelo comissário da NFL, Roger Goodell, para congregar proprietários de times, executivos de redes de TV e amigos da NFL– não acontecerão neste ano, já que a maioria dos figurões planeja ficar em casa.

A NFL vai realizar sua “tailgate party” anual (uma congregação de torcedores no estacionamento do estádio antes da partida), com transmissão pelo TikTok e show de Miley Cyrus, neste ano. O evento costuma atrair 10 mil torcedores; em 2021, porém, 7.500 trabalhadores do setor de saúde, já vacinados, poderão assistir ao show.

Tradução de Paulo Migliacci

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