Manifestantes protestam contra realização de Copa América na Colômbia
Definido como uma das sedes da competição, país vive tensão social há três semanas
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Em um ambiente de acentuada tensão social há três semanas, a Colômbia teve nesta quarta-feira (19) protestos diretamente ligados ao futebol. Manifestantes se reuniram nos arredores do estádio El Campín, em Bogotá, e cobraram que o país abra mão de receber a Copa América a partir do próximo mês.
A competição entre seleções da América do Sul tem início marcado para 13 de junho e sede dividida entre Argentina e Colômbia. A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) insiste que não haverá mudanças na programação, mas já trabalha internamente com a possibilidade de concentrar os jogos na Argentina.
Os protestos no território colombiano tiveram início contra uma reforma tributária e se transformaram em críticas diversas ao governo de Iván Duque, cobrado por suas ações na pandemia de Covid-19 e por problemas de emprego e educação. A repressão policial tem sido pesada, e já foram registrados ao menos 42 mortos e 1.500 feridos.
Nesse cenário, aqueles que se manifestam contra a Copa América não veem clima para futebol. A crítica não é exatamente a respeito da competição esportiva ou um ataque a seus organizadores. O que os protestantes não querem é que o torneio sirva de distração dos problemas enfrentados no país, algo resumido na frase: “Se não há paz, não há futebol”.
Ela apareceu em cartazes e pichações nesta quarta e já havia sido exibida anteriormente, em partidas da Copa Libertadores realizadas na Colômbia. Na semana passada, um jogo do Atlético-MG em Barranquilla precisou ser interrompido cinco vezes porque o gás lacrimogêneo usado por policiais contra manifestantes na parte externa do estádio estava atrapalhando os jogadores.
Na véspera, também na cidade de Barranquila, outra partida do campeonato sul-americano de clubes também precisou ser interrompida. Já em Pereira, um jogo da Libertadores foi atrasado em uma hora porque estava bloqueada a saída dos atletas do Nacional-URU do hotel em que estavam hospedados.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters