Uefa cogita punir Neuer por símbolo gay, mas volta atrás e diz que uso é por boa causa
Antes de desistir, entidade via ato político e poderia multar goleiro e federação alemã
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A Uefa chegou a abrir uma investigação contra o goleiro da Alemanha, Manuel Neuer, pelo uso de uma braçadeira com as cores do arco-íris, símbolo da comunidade LGBT. A entidade, no entanto, voltou atrás neste domingo (20), e disse que o ato do capitão alemão foi por uma "boa causa".
Antes, a informação era de que a entidade máxima do futebol europeu consideraria a braçadeira um símbolo político e poderia multar tanto o goleiro quanto a federação alemã. A investigação era sobre o uso do acessório durante as duas primeiras partida de sua equipe na Eurocopa, contra a França e Portugal, e num amistoso contra a Letônia dias antes da competição.
Neste domingo, porém, a federação alemã postou em seu Twitter que o processo havia sido arquivado e que a Uefa disse, por meio de uma carta, que considerou o símbolo como algo pela diversidade e, portanto, por "uma boa causa".
A Uefa diz considerar o combate à homofobia uma de suas prioridades. O mês de junho, ainda, é um período de conscientização sobre o tema, designado como "Pride Month".
Antes do fim da investigação, Christian Rudolph, membro do conselho nacional da Associação de Lésbicas e Gays da Alemanha, disse à rede de televisão NTV que a possibilidade de o goleiro ser punido era inaceitável.
"Estamos no mês do orgulho e, no evento mais importante do período, o uso de uma braçadeira com o símbolo do arco-íris deve ser evitado? A Uefa deve pensar naqueles que o ato representa. O que os atletas devem pensar agora?", disse.
Antes de a Uefa investigar o caso, Neuer já havia sido atacado por políticos alemães. Um deles, Uwe Junge, do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha, disse, no Twitter, que o goleiro deveria ser capaz de aguentar consequências, como a perda de fãs, do ato.
Uma das líderes do Alternativa para a Alemanha, Alice Weidel, que é lésbica, porém, disse que os comentários de Junge não representavam o partido.
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