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Cerimônia em Paris homenageia atletas israelenses mortos em ataque em Munique-1972

Tributo às 11 vítimas acontece em meio a Olimpíadas marcadas por tensões geopolíticas devido a ataques de Israel em Gaza

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Elizabeth Pineau
Paris | Reuters

Atletas e autoridades israelenses, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e autoridades do Comitê Olímpico Internacional (COI) prestaram homenagem, nesta terça-feira (6), aos membros da equipe olímpica de Israel mortos por atiradores palestinos nos Jogos Olímpicos de 1972.

Onze israelenses foram mortos em um ataque na mal protegida Vila Olímpica de Munique, onde estavam hospedados.

"O dia 5 de setembro de 1972 é o dia mais sombrio da história olímpica", disse o presidente do COI, Thomas Bach, durante a cerimônia realizada na embaixada de Israel durante a segunda semana dos Jogos de Paris. "Tudo foi destruído com o horrível ataque terrorista à equipe olímpica de Israel há 52 anos."

Retratos de vítimas do ataque à delegação de Israel nas Olimpíadas de Munique de 1972, em homenagem realizada na Embaixada de Israel em Paris, nesta segunda-feira (6) - AFP

Em meio a tensões geopolíticas elevadas devido à guerra de Israel em Gaza, a cerimônia memorial, originalmente programada para ocorrer logo antes do início dos Jogos, do lado de fora da prefeitura de Paris, foi transferida para a fortemente protegida embaixada de Israel.

"A dor permanece eterna", disse o presidente de Israel, Isaac Herzog, por videoconferência. "Nunca esquecerei as lágrimas, o choque. Os Jogos Olímpicos, que representavam alegria, se transformaram em tragédia."

O ataque de atiradores associados ao grupo guerrilheiro palestino Setembro Negro chocou o mundo, ao ser transmitido em grande parte ao vivo na televisão e assistido por milhões de pessoas.

Oito militantes infiltraram-se na Vila Olímpica e invadiram os apartamentos dos atletas israelenses, dando início a um sangrento episódio de 24 horas de duração, que começou com um confronto entre os atiradores e atletas desarmados que tentaram se defender.

Os atiradores mataram dois atletas e fizeram nove reféns, que foram posteriormente mortos após uma tentativa fracassada de resgate pela polícia alemã. Um oficial alemão e cinco dos atiradores palestinos também foram mortos em trocas de tiros.

Três militantes foram capturados, mas libertados em outubro em troca de reféns a bordo de um avião sequestrado alemão.

As autoridades alemãs e olímpicas enfrentaram duras críticas na época pela resposta ao ataque.

Os Jogos de 1972 continuaram após o incidente e o COI levou quase meio século para atender aos pedidos das famílias por um ato oficial de lembrança em um evento olímpico.

Finalmente, um momento de silêncio aconteceu durante a cerimônia de abertura em Tóquio-2020, em que os nomes das vítimas foram mencionados.

Para os Jogos de Paris, os competidores israelenses estão sendo escoltados por unidades táticas de elite de ida e volta aos eventos e recebem proteção 24 horas por dia durante os Jogos, afirmam autoridades.

Antes dos Jogos, o Comitê Olímpico Palestino defendeu que Israel fosse excluído devido à guerra em Gaza.

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