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Descrição de chapéu Olimpíadas 2024 Corinthians

Criamos casca, diz Kerolin sobre reação da seleção feminina

Contingências e desfalques corrigem a rota do time de Arthur Elias em Paris-2024 até a terceira final olímpica

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Marselha

"O Brasil teve muita perna. Levamos gols em momentos pontuais, no início, muito cedo, e antes do intervalo; não tivemos tempo de reagir. Saímos de vários momentos de grande pressão, íamos para o ataque, mas logo tínhamos que voltar. O Brasil é um grande time, um time intenso, e hoje elas fizeram tudo muito bem."

O diagnóstico foi feito pela técnica da Espanha, Montserrat Tomé, que viu sua equipe campeã mundial se desestruturar seguidas vezes diante de um adversário muito diferente daquele superado dois jogos antes. A seleção brasileira que bateu a Espanha por 4 a 2, na terça-feira (6), em Marselha, trocou o adjetivo usado para se descrever, de desacreditada para surpreendente, e também a maneira de atuar.

É esse novo Brasil que tenta contra os EUA no sábado (10), em Paris, o ouro olímpico. Nas duas primeiras chances que teve, em Atenas-2004 e Pequim-2008, parou justamente nas americanas, mesmo contando com uma jovem estrela chamada Marta em campo. A questão agora é saber o quanto a mesma Marta, agora veterana e reconhecida como melhor jogadora da história do país, cabe nessa nova seleção.

"Quando a gente vencer o ouro, tivermos essa medalha, a medalha vai ser de todas elas", afirmou Arthur Elias, sem esconder certa empolgação depois da partida no Vélodrome.

Kerolin comemora com o técnico Arthur Elias a vitória do Brasil sobre a Espanha - Reuters

"Acho que a gente vai se fortalecendo ao longo da convivência, ao longo da competição, olhando não para os problemas, e a gente viveu vários aqui, mas olhando para as soluções, deixando essas jogadoras cada vez mais unidas, cada vez mais confiantes para jogar futebol dentro do talento que elas têm. Acho que isso foi determinante", disse. O técnico não adiantou a decisão sobre Marta, mas deixou claro que não faria que interrompesse esse novo volume de jogo da equipe.

Dois aspectos dessa evolução foram determinantes em Marselha. Uma defesa fechada, que, se não tomava a bola, não tinha pruridos em mandá-la para arquibancada e interromper o toque de bola espanhol; um ímpeto ofensivo, traduzido como correria por Tomé, mas que deixava Priscilla e Gabi Portilho perto do gol com frequência. Ludmilla também foi muito acionada pela direita, em um posicionamento diferente do habitual.

"A gente jogou totalmente diferente da fase de grupos", contou a atacante do Corinthians, também empolgada com o desempenho do time. "A gente marcou em cima, pressionou muito. Eu poderia ter feito mais uns dois gols. Foi uma baita partida."

"Acho que vocês estão vendo o que o grupo está entregando, o quanto estamos confiando umas nas outras, o quanto a gente confia no plano do Arthur. Tivemos uma fase de grupos bem difícil, a gente criou uma casca que só deu confiança para a gente. Ele fez escolhas", declarou Kerolin.

Arthur Elias tem mais uma para fazer. Vale ouro.

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