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Kaylia Nemour ganha ouro nas assimétricas e se torna 1ª ginasta africana medalhista olímpica

Argelina de 17 anos decidiu defender o país dos pais após conflito com federação francesa

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São Paulo

Aos 17 anos, a ginasta argelina Kaylia Nemour fez história neste domingo (4). Ao conquistar o ouro nas barras assimétricas, ela se tornou a primeira ginasta representante de países africanos a ganhar uma medalha em Olimpíadas.

Namour recebeu nota 15.700 em sua apresentação na final, superando a marca que havia conseguido nas classificatórias (15.600).

Ela foi a sexta a se apresentar e, com essa nota, já havia garantido uma medalha, pois só restavam duas outras adversárias para competir. A americana Sunisa Lee, medalhistas no aparelho em Tóquio-2020, fechou a disputa, recebeu nota 14.800 e ficou com o bronze. A prata foi da chinesa Qiyuan Qiu, com 15.500.

"Era meu grande sonho, anos de trabalho duro, de detalhes. É uma honra poder ganhar essa medalha, a minha primeira e a primeira para Argélia", disse.

Principais nomes da ginástica mundial, Simone Biles e Rebeca Andrade ficaram de fora ao terminarem na 9ª e 10º colocação na classificatória, respectivamente.

Kaylia Nemour, da Argélia, durante sua apresentação na final das barras assimétricas - AFP

"É uma loucura, é uma honra tere essa medalha depois de tudo que passei, é um alívio", disse a nova campeã.

Nemour esteve na quinta-feira (1º) na final do individual geral —cujo pódio teve Biles e Rebeca— e terminou em 5º lugar, com 55.899 pontos, sendo 15.533 nas barras assimétricas. Nenhuma outra ginasta alcançou os 15 mil pontos.

Nascida e criada na França, onde treina até hoje, a atleta começou na ginástica aos quatro anos de idade. Aos 12, venceu com folga um campeonato de base.

Em 2021, aos 14, passou por duas cirurgias nos joelhos. Apesar de ter recebido liberação de seu médico para retornar, a atleta teve sua volta às competições adiada pela federação francesa.

Depois do episódio, Nemour manifestou seu interesse em defender a Argélia, país de seu pai e avós paternos. Para concluir a troca, porém, ela precisaria ficar um ano sem competir ou então receber autorização de sua federação antiga, que só saiu em 2023.

Ela disputou e venceu o Campeonato Africano do ano passado e garantiu sua classificação para o Mundial. Na competição realizada em Antuérpia, na Bélgica, a argelina faturou a prata nas barras assimétricas, a primeira medalha do país na história do torneio.

Nemour chora ao encerrar sua série quase perfeita nas traves assimétricas - AFP

Também em 2023 ela passou a ter um elemento com seu nome no código de pontuação feminino da Federação Internacional de Ginástica.

"Eu diria que minha maior força é fazer ginástica facilmente", disse Nemour em entrevista à Federação Internacional de Ginástica (FIG). "Ou seja, sinto muito a ginástica nos meus movimentos e no meu corpo", acrescentou. Ela disse que tem como inspiração a francesa Youna Dufornet.

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