Plataforma vai estimular pessoas e startups que atuam com bioeconomia na Amazônia
Iniciativa da Fundação Certi conta com investimento de Bradesco, Fundo Vale, Itaú Unibanco e Santander
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Negócios voltados à bioeconomia na Amazônia serão promovidos na Jornada Amazônia, plataforma lançada pela Fundação Certi para apoiar pessoas e empresas que ajudam a conservar a floresta. A proposta inicial é de capacitar 3.000 talentos e estimular a criação de 200 startups.
O primeiro edital da Plataforma Jornada Amazônia será lançado no início de 2023. A iniciativa tem co-participação e investimento de Bradesco, Fundo Vale, Itaú Unibanco e Santander.
Serão três frentes de trabalho complementares. Na primeira, que pretende fortalecer a cultura empreendedora na região, 3.000 pessoas serão capacitadas para atuar com empreendedorismo inovador. E até 200 startups no âmbito da bioeconomia serão apoiadas com mentorias, treinamentos e recursos em seus primeiros passos.
Na segunda frente, a Certi irá fornecer suporte técnico, tecnológico e de gestão para reduzir riscos técnicos e acelerar a evolução das cem startups mais promissoras da região. Também facilitará conexões com indústrias para a validação dos produtos ou soluções e investimentos nas empresas.
"Melhorar o desempenho das startups que atuam no território amazônico criará referência para a bioeconomia inovadora na região, fortalecendo ciclos posteriores do projeto", diz Marcos Da-Ré, diretor de Economia Verde da Fundação Certi.
A terceira frente buscará fortalecer até dez organizações estratégicas do ecossistema, como incubadoras e aceleradoras, por meio de capacitação, intercâmbio de know-how e de processos, co-investimento ou operações conjuntas financiadas no âmbito da iniciativa.
A Plataforma Jornada Amazônia tem como membros do conselho consultivo personalidades como o cientista e climatologista Carlos Nobre e André Guimarães, diretor-executivo do Ipam - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.
"A Jornada Amazônia é uma iniciativa inovadora para dar escala à construção de diversos ecossistemas de inovação, sustentabilidade e negócios distribuídos amplamente pela região que sirvam de embriões para uma nova bioeconomia de floresta em pé e rios fluindo", afirma Carlos Nobre.
Para André Guimarães, o modelo de desenvolvimento que a bioeconomia propõe ajuda a reverter o processo de destruição atual da floresta amazônica. "É sem dúvida a chave para um futuro mais sustentável para a região, para o Brasil e em alguma dimensão para todo o planeta", afirma.
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