Potência econômica de favelas é tema de evento em Paraisópolis
Favela Cria reuniu autoridades em publicidade e jornalismo para discussão sobre comunicação mercadológica assertiva para comunidades brasileiras
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Profissionais e especialistas em comunicação se reuniram nesta semana, na favela Paraisópolis, para discutir o potencial mercadológico de favelas no Brasil.
Promovido pelo Grupo Cria Brasil Comunicação, negócio de impacto social do G10 Favelas, o Favela Cria aconteceu no Pavilhão Social do G10 Favelas.
A ideia do encontro é compartilhar experiências sobre comunicação assertiva dentro e fora das favelas brasileiras, explorando suas distinções e potencialidades.
Segundo o presidente do G10 Favelas, Gilson Rodrigues, é fundamental mostrar que as comunidades são consumidoras e que ajudam com o impulsionamento da economia.
"Juntas, as favelas movimentam R$202 bilhões de reais por ano, além de serem ricas em cultura, arte, conhecimento, talento. As marcas têm percebido esse potencial", disse Gilson. O evento aconteceu entre os dias 17 e 19.
Quem não está se comunicando e investindo na favela está perdendo dinheiro
O Favela Cria contou com temas diversos da comunicação como jornalismo periférico, marketing de influência e publicidade nas favelas, além de um desfile da Cria de Periferia, marca de moda que faz parte do grupo.
Entre os presentes estiveram nomes como Judith Brito, diretora-superintendente do Grupo Folha, Eliane Trindade, editora da Folha e do Prêmio Empreendedor Social, Siyabulela Mandela, bisneto do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, Hugo Rodrigues, da WMcCann, Joca Guanaes, da DM9DDB, entre outros.
"Se as marcas querem alcançar o público das classes C, D e E é crucial que considerem a importância da representatividade em suas campanhas", afirma a Diretora-executiva do Grupo Cria Brasil, Fran Rodrigues.
CEO do Grupo Cria Brasil e morador de Paraisópolis há mais de 30 anos, Joildo Santos explica que a iniciativa é importante para promover mudança de visão sobre esses locais.
"É necessário mudar a forma como a favela é retratada na mídia, como marginal e violenta, e mostrar o seu grande potencial, por ter uma população economicamente ativa, mas que é esquecida pela publicidade por não ser representada nos comerciais."
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