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'Alita: Anjo de Combate' é eletrizante, mas podia ser menos angelical

Inspirado em mangá, longa de Robert Rodriguez agrada os fãs da história e conquista o espectador novato

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São Paulo

Alita:Anjo de Combate

Avaliação: Ótimo
  • Quando: estreia nesta quinta (14)
  • Classificação: 12 anos
  • Elenco: Christoph Waltz, Jennifer Connelly, Mahershala Ali, Rosa Salazar
  • Produção: Argentina, Canadá, Estados Unidos, 2019
  • Direção: Robert Rodriguez

Veja salas e horários de exibição

Há alguns meses, ao ver o trailer do novo filme produzido por James Cameron e dirigido por Robert Rodriguez, só o que se podia pensar era: finalmente. Desde o início dos anos 2000, quando a JBC publicou no Brasil, em 18 volumes, a história da ciborgue Alita no mangá “Gunnm - Hyper Future Vision”, a versão para o cinema era esperada. 

É impossível ler o quadrinho japonês, apenas em preto e branco, sem imaginar cenas coloridas cheias de som, sobretudo nas competições de motorball, esporte violentíssimo no qual se corre com patins em círculos tentando manter —ou roubar— a posse de uma bola, numa espécie de futebol americano individual.

O longa de Rodriguez consegue deixar o fã satisfeito e, ao mesmo tempo, contar uma história compreensível para os que desconhecem o mangá. Estes, porém, ficam sem a parte mais "luta de classes" da história. 

 

Isso porque o filme, que opta por dar mais espaço à ação, acaba por deixar apenas nas entrelinhas o germe de uma revolta dos habitantes da cidade de baixo contra os ricaços de Zalem, a comunidade que sobre eles flutua e deles suga as energias e sobre eles despeja seu lixo.

Os efeitos especiais, presentes todo o tempo, são bem realizados, sem gerar desconfortos ou aquela conhecida vergonha alheia na interação entre a ciborgue, construída em computação gráfica a partir dos movimentos de uma atriz, e os atores reais. Além disso, as lutas entre ciborgues não são menos do que eletrizantes.

O ponto mais fraco do filme, porém, é seu sentimentalismo. Como se, para se aproveitar da onda de maior presença das mulheres na ficção científica e nos filmes de heróis, entendesse que é de sentimentalismo barato que as mulheres gostam.

A cena, literal até a última gota, em que Alita entrega seu coração a um humano é, essa sim, de fazer enrubescer o espectador de vergonha. O final, descaradamente anunciando uma sequência, mais para fim de episódio de seriado, também.

Os de humor um pouco mais cruel, de veia menos romântica, hão de se lembrar, em determinado momento, de Rose e Jack no mar, após o naufrágio. James Cameron não nos deixou esquecer disso. 

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