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Exposição leva Di Cavalcanti, Tarsila e Frida Kahlo de papel machê ao metrô

Artista que expõe em São Paulo refaz passos da produção de bonecos do Brasil colonial

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Luciano Teixeira
São Paulo

Desde pequena, a mineira Madalena Marques se habituou a fazer bonecos de papel e arame e a trabalhar com artes manuais. “Como a gente não tinha condições de comprar brinquedos, inventava no fundo do quintal. Meu pai trazia os arames do trabalho e aí usávamos a criatividade”, afirma.

Criatividade que ela levou para vida e que está na primeira exposição da escultora na capital paulista, inaugurada neste fim de semana na sala Metrô Tiradentes do Museu de Arte Sacra de São Paulo. A exposição "Gente de Papel” tem 66 esculturas de papel machê, entre elas dez em tamanho real.

Boneca de Tarsila do Amaral em tamanho real na exposição "Gente de Papel" - Divulgação

Por lá, estão reproduções em dimensões verdadeiras de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Frida Kahlo, Maria Celina Hermeto –uma das musas do pintor Guignard— e da própria artista, numa espécie de autoescultura.

O trabalho é feito com armação de arame, madeira, plumas e tecido. O elemento principal é o papel machê, a base das esculturas e rostos de personalidades da música, pintura, gente de televisão e até líderes religiosos, como Gandhi, irmã Dulce e o papa.

Para produzir as esculturas tridimensionais, Madalena Marques usou modelos vivos com traços faciais que se aproximavam das figuras escolhidas. Ela também desenhou e produziu os enxovais e tecidos.

“Minha pesquisa tem relação com a produção de bonecos como era feita nos séculos 16 e 17. Eu busco um acabamento raro hoje em dia”, diz. A artista investe em um trabalho que fuja da facilidade das atuais impressões em 3D. Até a cola orgânica empregada na técnica é igual à feita na época do Brasil colonial.

Ao utilizar esses materiais, Marques transita pela técnica, pelas manifestações culturais e pela história da arte, em uma mostra que aproxima os espectadores de elementos experimentais, dos desafios e do conhecimento embasado na pesquisa, que orienta sua atuação e produção artística.

Também estão em “Gente de Papel” esculturas de personagens como a escritora e poeta Cora Coralina, a atriz Fernanda Montenegro, o cantor, compositor e artista visual Arnaldo Antunes, as cantoras Elis Regina e Marisa Monte, a cartunista Laerte e o estilista Ronaldo Fraga.

Gente de Papel

Avaliação:
  • Quando: 7/4 a 3/6
  • Onde: Sala do Museu de Arte Sacra do Metrô Tiradentes
  • Preço: Grátis
 
 

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