Siga a folha

Descrição de chapéu Livros

Brasileiro lança HQ sobre celebridade virtual que sonha com k-pop

Lançado no Brasil e nos EUA, álbum é ambientado em uma Coreia do Sul futurista

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Até setembro de 2018, a primeira e única experiência do animador Daniel Semanas como autor de histórias em quadrinhos estava limitada a um zine, uma publicação independente de 33 páginas, com tiragem de apenas 200 exemplares. Segundo o artista, nada mais do que um experimento despretensioso. 

Já o segundo trabalho de Semanas tem alcance e proporção maiores. “Roly Poly -A História de Phanta” foi lançado simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos, tem 144 páginas coloridas e selo da editora Fantagraphics.

O álbum é ambientado em uma Coreia do Sul futurista e protagonizado por uma celebridade virtual chamada Phanta, especialista em artes marciais e técnicas de combate. 

Imagens da HQ "Roly Poly - A História de Phanta", de Daniel Semanas - Divulgação

Em busca de mais popularidade em suas contas nas redes sociais e na esperança de conseguir uma vaga em um grupo de k-pop, ela encara um culto de adoradores de uma droga com efeitos psicodélicos.

“Comprei uma passagem para o Japão para me inspirar e desenvolver os primeiros esboços da história”, 
conta o autor. 

Segundo o artista, o seu principal desafio foi encontrar um estilo que considerasse moderno, colorido e facilmente reconhecível, dialogando com quadrinhos japoneses e coreanos, clássicos das HQs como “Scott Pilgrim” e “Akira”, filmes como “Drive” e “Blade Runner” e as produções do cineasta chinês Wong Kar-wai.

“Foi um grande desafio botar alguns conceitos filosóficos que eu tinha em mente numa narrativa visual que tivesse um apelo pop e ao mesmo tempo experimental”, diz.

Uma de suas principais ambições foi misturar a realidade do mundo da moda com a rotina frenética das redes sociais. Para isso, intercalou as cores gritantes do universo de Phanta com reproduções da tela do celular, inserções dos anúncios publicitários que a cercam sua personagem e o formato quadrado do álbum, reproduzindo o padrão do Instagram.

Ilustração de "Roly Poly" - Divulgação

“Eu queria um ar meio Tumblr e Pinterest, que funcionasse não só pelo apelo visual dessas plataformas, mas como forma de agregar novas informações à narrativa.”

Finalizada a HQ, Semanas deu início à busca por editoras interessadas na publicação. Planejando ver seu trabalho publicado na Ásia que lhe serviu de inspiração, ele ouviu respostas negativas de editoras japonesas e coreanas. 

O retorno positivo veio da Fantagraphics, fundada em 1976, e casa de autores como Daniel Clowes, Charles Burns, Joe Sacco, Jessica Abel, Chris Ware e os irmãos Hernandez, criadores da série “Love and Rockets”. 

Além de Semanas, os únicos autores brasileiros publicados por essa editora sediada em Seattle foram Marcelo D’Salete, Marcello Quintanilha e Fábio Zimbres. 

Roly Poly - A História de Phanta

Avaliação:
  • Preço: R$ 59,90 (144 págs.)
  • Autor: Daniel Semanas
  • Editora: Mino

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas