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Canções de Leonard Cohen embalam dançarinos canadenses em São Paulo

Espetáculo de companhia de Montreal teve a participação do músico, que pediu que toda sua carreira fosse contemplada

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São Paulo

O cara pediu para ser dançado. Sim, “dance-me” é uma construção poética e as melodias de Leonard Cohen não são exatamente as mais dançáveis do mundo. Mas o fato é o que o pedido não-intencional embutido na canção do músico e escritor canadense foi atendido e abençoado pelo próprio, antes de sua morte, em 2016.
 

“Dance me”, espetáculo do BJM (Ballets Jazz de Montreal) que estreia sua turnê brasileira na temporada de dança do Teatro Alfa, foi criado para as comemorações dos 375 anos da cidade de Montreal, em 2017. 
 

Na mesma época, a companhia completava 45 anos de existência. Juntar uma celebridade da música canadense com o importante grupo de dança da maior cidade da província de Québec foi a feliz união do útil ao agradável que garantiu o sucesso de público do espetáculo. 

O título refere-se à canção “Dance Me to the End of Love”, de 1984, um dos sucessos de Cohen
 

Outros hits do compositor, como “Hallelujah”, “Suzanne” “So Long, Marianne”e “I’m Your Man” foram incluídos à criação, assinada por três coreógrafos internacionais: Andonis Foniadakis (Grécia), Annabelle Lopez Ochoa (Bélgica) e Ihsan Rustem (Reino Unido). 
 

As escolhas musicais foram apresentadas a Cohen e aprovadas, segundo Louis Robitaille, diretor artístico do BJM.  
 

“Ele não quis interferir na criação, apenas nos mandou sua ‘lista de desejos’: incluir canções de todas as fases de sua carreira, não ficar apenas nos maiores sucessos e abordar sua trajetória artística, não sua vida privada”, diz Robitaille. 
 

Desejos cumpridos, segundo o diretor. O espetáculo vai de “Suzanne”, um dos primeiros sucessos, dos anos 1960, a músicas do último álbum, “”You Want It Darker”. 
 

Para criar o arco narrativo da trajetória artística de Cohen por meio de danças abstrata, “Dance Me” foi dividido em cinco partes. 
 

Cada uma está relacionada a um ciclo da vida e a uma estação do ano. A quinta estação é o “indian summer”, veranico que costuma esquentar o final do outono no hemisfério Norte. 
 

Temas recorrentes na produção de Cohen (mulheres, amor, amizade, conflitos políticos e sociais) unem os ciclos coreográficos do espetáculo de 80 minutos, sem intervalos. 
 

Vídeos, efeitos digitais, áudios com a voz rouca de Cohen e figurinos remetem à biografia do homenageado. Bailarinos vestidos com trench coat e chapéu, visual clássico do compositor, passeiam pelo palco. Máquinas de escrever antigas entram na cenografia, lembrando que, antes e além de ser músico, ele era um escritor.
 

Na dança, prevalecem os movimentos vigorosos e atléticos do BJM, mesmo nas canções mais minimalistas ou sombrias de Cohen. 
 

Definida por seu diretor artístico como uma companhia de estilo “fusion”, mistura de linguagens como o jazz, o contemporâneo e o clássico, o balé de Montreal não se apresentava no Brasil há dez anos. Nesta turnê, além de São Paulo, o grupo fará espetáculos no Teatro Guaíra, em Curitiba (4/9), e no Theatro Municipal do Rio (7/9 e 8/9).

DANCE ME - BALLET JAZZ DE MONTREAL

Avaliação:
  • Quando: De 30/8 a 1º/9. Sex., às 20h30; sáb., às 20h; dom., às 18h
  • Onde: Teatro Alfa, r. Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. (11) 5693-4000
  • Preço: de R$ 75 a R$ 210
  • Classificação: livre

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