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Fiscais da prefeitura voltam à Bienal para recolher livros com temática LGBT

Após decisão da Justiça, funcionários chegaram na tarde de sábado (7) à feira literária

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São Paulo

Funcionários da Secretaria Municipal da Ordem Pública da prefeitura do Rio de Janeiro chegaram na tarde deste sábado (7) à Bienal do Livro para fiscalizar obras vendidas e recolher livros com temática LGBT ou que sejam considerados impróprios para crianças que não estejam lacrados.

Subsecretário de operações da Secretaria Municipal de Ordem Pública, o coronel Wolney Dias, em ação de fiscalização na Bienal do Rio - Bruno Molinero/Folhapress

Segundo o evento, eles chegaram à feira por volta das 18h e se reuniram com a organização da Bienal e com a vice-presidente do Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), Mariana Zahar, para discutir como fazer a fiscalização e garantir a segurança das pessoas.

A reunião durou cerca de duas horas. Pouco depois das 20h, representantes da Secretaria de Ordem Pública deram início à fiscalização de livros.

A demora ocorreu devido às negociações sobre como evitar tumultos pelos corredores, já que este sábado (7) foi o mais cheio da feira. Por isso, todos os fiscais circularam à paisana. A Folha identificou pelo menos um deles caminhando pelo local. Mas nenhuma editora procurada pela reportagem relatou ter sido procurada para qualquer fiscalização.

A equipe da prefeitura ficou na Bienal até o fim do evento, às 22h, e não falou com a imprensa nem informou se encontrou qualquer obra imprópria.

Segundo Mariana Zahar, vice-presidente do Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), que é um dos organizadores da Bienal, a prefeitura procurava o mesmo livro que gerou a reação contrária de Marcelo Crivella e já não havia sido encontrado na fiscalização de sexta-feira (6): a HQ "Vingadores - A Cruzada das Crianças".

"Não é a Bienal que está sendo censurada, é a literatura e os livros. A Bienal é um símbolo de diversidade que está sendo atacado", disse Zahar. "Desde a ditadura a gente não vive o que estamos vivendo agora."

A ação ocorre após o Tribunal de Justiça do Rio derrubar a liminar que impedia que a prefeitura recolhesse ou lacrasse livros no evento. Em nota, a Bienal disse que vai recorrer ao STF para que impeça novas ações da prefeitura e tentativas de censura.

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