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Bárbara Paz e curta brasileiro de realidade virtual ganham prêmio no Festival de Veneza

Documentário sobre Hector Babenco e trabalho sobre São Paulo nos anos 1940 colheram elogios na mostra italiana de cinema

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Veneza

O único longa dirigido por alguém do Brasil no Festival de Veneza 2019 ganhou o prêmio da mostra Classici, dedicada a filmes que têm o cinema como temática. Bárbara Paz foi agraciada pela sua estreia na direção de longas, com o documentário “Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”.

O documentário marca a estreia de Bárbara Paz como produtora e diretora de um longa-metragem - identity Communication

“Este prêmio é muito importante para o meu país. Precisamos dizer não à censura: vida longa à liberdade de expressão!”, disse Paz, ao receber o prêmio, em referência à tentativa do governo de Jair Bolsonaro de criar maneiras de “filtrar” o conteúdo de filmes a receberem recursos públicos.

“Estou muito emocionada e honrada. Hector dizia que fazer filmes era viver um dia a mais”, disse. “Hector, obrigada por acreditar em mim. Amo-o para sempre.” 

O longa acompanha os últimos anos de vida do cineasta Hector Babenco, com quem Paz viveu junto por nove anos. Com imagens em hospitais, registros de filmes do cineasta e cenas de bastidores da obra de Babenco, o longa evita o tom “fúnebre” e procura ter uma visão de Babenco antes como um homem que amou a vida e a criação artística. 

Na mostra dedicada a filmes em realidade virtual, “A Linha”, de Ricardo Laganaro, levou o prêmio na categoria de melhor história, dedicada a filmes que melhor exploram as possibilidades de interação entre público e filme. “Incrível ser o segundo brasileiro aqui esta noite, não?”, disse o animador, ao receber o prêmio. 

No filme, que dura 13 minutos, Rodrigo Santoro narra a história de um menino tímido que se apaixona por uma jovem, na São Paulo dos anos 1940. O espectador participa da historinha ajudando-o a escolher caminhos e a entregar uma delicada flor à moça. 

“Nestas duas últimas semanas, vimos o quão melhores podemos ser vendo filmes em realidade virtual”, disse Laganaro, saudando a iniciativa de Veneza em ter uma mostra específica para o formato.

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