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Filme não renega suas origens teatrais, mas final o coloca para baixo

Espanhol 'O Homem Ideal?' tem diálogos e personagens que remetem a Woody Allen

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O Homem Ideal?

Avaliação: Regular
  • Quando: Estreia nesta quinta (5)
  • Elenco: Carles Alberola, Cristina García, Alfred Picó, Rebeca Valls
  • Produção: Espanha, 2017
  • Direção: Carles Alberola

A melhor coisa do longa espanhol "O Homem Ideal?", de Carles Alberola, é que se trata de uma comédia ambientada na cidade de Valência, no leste da Espanha, com suas particularidades em relação à Madri de Pedro Almodóvar ou à Barcelona de Isabel Coixet.

A pior coisa é que mal vemos Valência, já que quase toda a trama se passa dentro do apartamento do professor Rubèn (o próprio Alberola), homem de meia idade com pouco jeito para lidar com mulheres.

Na trama, aparentada de certo modo ao cinema de Woody Allen (algo que a própria persona de Alberola reforça), o casal formado por Jaume (Alfred Picó) e Raquel (Cristina García) se encarrega de arrumar um encontro às cegas para Rubèn, atiçando seu nervosismo e sua falta de jeito.

Como a tarefa não é das mais fáceis, e todas as convidadas acabam desistindo na última hora, a incumbida de visitar o apartamento e desfrutar de um jantar meio desastrado é Pilar (Rebeca Valls), irmã de Raquel.

Acontece que a moça passa por muitos problemas psicológicos, decorrentes de um trauma amoroso recente, e sua presença, ou mesmo a presença de seu nome, provoca algum incômodo em Jaume.

Quando ela aparece, com uma roupa provocante e um olhar de quem sabe que está ali para causar, faz os dois homens virarem meninos de calças curtas, enquanto Raquel, melhor personagem do filme e vivido pela melhor atriz, ignora suas reais intenções.

Não é possível adiantar o desfecho deste longa que até então caminhava dentro de uma irritante previsibilidade, apesar de alguns diálogos surpreendentemente inteligentes aparecerem de vez em quando, como no cinema de Woody Allen, com um neurótico pessimista e falador como protagonista.

Mas é necessário notar que o final escolhido coloca o filme para baixo, enquanto um final mais inteligente, sensível ou esperto (várias opções se colocam na frente do diretor e roteirista) o redimiria de muitos dos problemas vistos anteriormente.

Ou seja, temos um filme de apartamento, que jamais renega suas origens teatrais, que poderia ser simpático, mas revela-se apenas derivativo. Felizmente tem bons atores, embora desconhecidos. É o suficiente para tornar a sessão menos penosa.

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