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Bolsonaro exonera presidente da Funarte e Roberto Alvim pode assumir

Para a substituir Miguel Proença, são cotados o dramaturgo Roberto Alvim e o urbanista Leônidas Oliveira

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Brasília

Em uma tentativa de alinhar o órgão federal à ideologia de seu governo, o presidente Jair Bolsonaro exonerou nesta segunda (4) o pianista Miguel Proença do posto de presidente da Funarte (Fundação Nacional de Artes).

A demissão, assinada pelo ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil), foi publicada no Diário Oficial da União. Para o seu lugar, o principal cotado é o atual diretor do Centro de Artes Cênicas, o dramaturgo bolsonarista Roberto Alvim.

O pianista Miguel Proença - Divulgação

Na semana passada, segundo relatos feitos à Folha, Bolsonaro tratou a possibilidade com Alvim, em audiência no Palácio do Planalto. O tema já havia sido discutido entre Bolsonaro e o ministro da Cidadania, Osmar Terra, em viagem à China, na semana retrasada. Eles devem bater o martelo em audiência nesta segunda (4).

Alvim ganhou mais simpatia de Bolsonaro ao ter protagonizado um embate público com a atriz Fernanda Montenegro. Ele usou as redes sociais em setembro para atacar atriz, após ela ter posado para um ensaio da revista Quatro Cinco Um.

Na época, ele disse sentir “desprezo” por Fernanda e a acusou de ser “mentirosa”. Na publicação, ela aparecia vestida de bruxa em uma fogueira de livros. A Associação dos Produtores de Teatro emitiu nota repudiando as declarações do dramaturgo.

Antes de assumir o cargo de diretor, Alvim comandava o Clube Noir, renomado espaço teatral em São Paulo, até a casa ter as atividades encerradas neste ano —declínio que ele atribui a um boicote promovido pela esquerda após assumir-se de direita

Há três anos, ele dirigiu a montagem "Leite Derramado", baseada no romance homônimo do compositor Chico Buarque. Se na época Alvim era próximo de Chico, hoje considera que a aproximação de Bolsonaro representa o fim de sua carreira no teatro.

No Palácio do Planalto, no entanto, há auxiliares presidenciais que defendem a manutenção do atual presidente interino, o urbanista Leônidas Oliveira, que é diretor-executivo da fundação cultural e já foi secretário de cultura de Belo Horizonte.

Além da mudança da Funarte, Bolsonaro avalia tirar a secretaria especial de Cultura da Cidadania e transferi-la para a Educação, de Abraham Weintraub, ou para Direitos Humanos, de Damares Alves.

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