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Cinema

Com Mirren e McKellen, 'A Grande Mentira' é uma das decepções do ano

Atores começam bem, mas acabam sucumbindo ao enredo

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A Grande Mentira

Avaliação: Ruim
  • Quando: Estreia na quinta (21)
  • Elenco: Helen Mirren, Ian McKellen, Jim Carter
  • Produção: EUA, 2019
  • Direção: Bill Condon

Um filme com Helen Mirren, 74, e Ian McKellen, 80, é sempre agradável. São dois atores com aquela solidez dramática esperada dos grandes nomes britânicos. Por causa deles, "A Grande Mentira" começa muito bem. Mas será que o casal leu a solução final do roteiro antes de assinar seus contratos?

Porque qualquer coisa que o filme possa ter de bom desaparece diante de revelações absurdas que deveriam ser engenhosas e surpreendentes para conquistar a plateia. O enredo começa a desandar faltando meia hora para o final, e seus últimos cinco minutos são tão ruins que parecem uma provocação.

Na trama, McKellen é Roy Courtnay, veterano e bem-sucedido golpista que, entre um e outro crime financeiro, gosta de ir atrás de viúvas ricas que possam ser enganadas por seus estratagemas. Mirren é Betty McLeish, a próxima vítima do malandro.

Quando Roy descobre que ela é muito mais rica do que ele imaginava, trata então de seduzir a mulher a ponto de ir morar em sua casa, sob a desconfiança do neto dela.

A história corre bem até que, em uma viagem a Berlim, o neto de Betty vai revelar coisas obscuras do passado de Roy. Mas, se ele não é o que aparenta ser, algo que o espectador já desconfiava, Betty também pode ter seus fantasmas no armário.

A partir daí, nada se salva. O passado dos dois protagonistas e suas motivações no presente são ridículas. O espectador precisa ter muita boa vontade para perdoar os delírios e a falta de senso do roteiro, mas acaba perdendo a paciência antes do final, que é realmente um grande equívoco.

O diretor Bill Condon tem ótimos filmes no currículo, como "Kinsey" e "Deuses e Monstros" (com McKellen), mas neste aqui não soube o que fazer com uma história de tantas reviravoltas sem sentido.

Charmosos como sempre, Mirren e McKellen não têm alternativa e sucumbem ao enredo. Ela ainda defende uma personagem que parece coerente em suas ações e reações. Mas o pobre Kellen se debate com um tipo que muda tantas vezes de personalidade que não dá condições de trabalho dignas para um ator tão talentoso.

"A Grande Mentira", com seu final típico de "Missão Impossível", mas sem uma trama que sustente esse desfecho, é uma das decepções do ano.
 

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