Siga a folha

Descrição de chapéu Televisão

Compra da Fox pela Disney pode ser aprovada sem restrição até fim do ano

Junção das gigantes americanas reduz oferta de canais esportivos no Brasil

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O Cade  decidiu, nesta quarta-feira (13), reavaliar a compra da 21st Century Fox pela Walt Disney diante da falta de interessados na aquisição do canal Fox Sports.

Nos Estados Unidos, a operação movimentou US$ 71 bilhões (R$ 296,5 bi) e, em fevereiro, foi aprovada com restrições pelo Cade  (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) . O negócio também precisou passar pelos reguladores do México, onde haveria concentração de canais esportivos pelo mesmo grupo empresarial.

No Brasil, o remédio proposto para evitar essa concentração foi a venda do Fox Sports. A ideia do Cade era preservar a pressão competitiva anterior à fusão, com a continuidade de três opções de canais de esportes no país: SporTV (da Globosat), ESPN (Disney) e mais uma nova empresa que compraria o Fox Sports.

Na decisão do Cade, as empresas teriam de contratar uma empresa para buscar interessados. Entretanto, ao longo dos últimos seis meses, não houve a formalização de propostas diante dos resultados financeiros do canal.

A venda do canal também ficou mais difícil porque terá de ser feita de “porteira fechada”. Ou seja, a empresa que comprar o canal levará os imóveis da emissora, equipamentos, mais de 200 funcionários, contratos com 11 ligas esportivas e operadoras de TV por assinatura.

Mascote da Disney, Mickey Mouse acena na Bolsa de Nova York - AFP

Por isso, o órgão decidiu reavaliar o caso e estudar outras alternativas. No entanto, segundo pessoas que participam das discussões, a tendência é que a operação seja aprovada no final do ano sem restrições. Ainda segundo quem participa das negociações, não seria uma tarefa simples encontrar uma saída.

O Cade entende que a junção dos dois gigantes americanos de mídia poderá, além de reduzir a oferta de canais esportivos no Brasil, afetar outros mercados como a compra de direitos de transmissão de eventos esportivos, particularmente no Campeonato Brasileiro de futebol.

No entanto, essa concentração é considerada transitória para os técnicos do Cade, o que justificaria, em última análise, a aprovação do negócio sem restrições.

Isso porque, para eles, o avanço da tecnologia leva os espectadores a preferirem as transmissões de streaming em vez da TV paga.

Os próprios canais, nacionais e estrangeiros, já disponibilizam na internet aplicativos que, mediante assinatura, oferecem a programação via streaming na internet.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas