[an error occurred while processing this directive]

Siga a folha

Descrição de chapéu Cinema

Spike Lee será o primeiro presidente negro do júri do Festival de Cannes

O cineasta foi anunciado em comunicado nesta terça-feira (14) pelos diretores do maior festival de cinema do mundo

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

RFI

O nome do cineasta americano Spike Lee foi anunciado em comunicado nesta terça-feira (14) pelos diretores do maior festival de cinema do mundo. O evento será realizado de 12 a 23 de maio.

Se Cannes já recebeu em seu júri célebres artistas afro-americanos, como a cineasta Ava DuVernay, em 2018, e o ator Will Smith, em 2017, a nomeação de um presidente negro era, até hoje, inédita.

Spike Lee, de 62 anos, é conhecido por seus filmes ativistas que denunciam o racismo nos Estados Unidos. O cineasta afirmou que quase não acreditou quando recebeu o convite para presidir o júri em Cannes. 

O diretor Spike Lee segura o prêmio que ganhou no Oscar de 2019 - Robyn Beck / AFP

"Fiquei feliz, surpreso e orgulhoso ao mesmo tempo", revelou, declarando-se "honrado por ser a primeira pessoa da diáspora africana nos Estados Unidos" a assumir este cargo.

Relação tumultuada

A presença de Spike Lee no Festival de Cannes data de décadas, desde a seleção de seu primeiro longa-metragem, "Ela Quer Tudo", em 1986. Mas sua relação com Cannes já foi tumultuada. Em 1989, "Faça a Coisa Certa" não conquistou a Palma de Ouro do júri presidido por Wim Wenders. A frustração que Spike Lee viveu na época foi especialmente concentrada no diretor alemão.

Nos anos seguintes, a participação de Spike Lee foi marcada por sucesso. "Jungle Fever", em 1991, "Garota 6", em 1996, e "O Verão de Sam", em 1999, receberam grande destaque no evento. Em 2018, o americano foi aclamadíssimo na Riviera Francesa e levou o Grande Prêmio do Júri por "Infiltrado na Klan", que conta a história real de um afro-americano que consegue entrar na organização terrorista Ku Klux Klan.

Falta de diversidade

A escolha do nome de Spike Lee acontece 24 horas após o anúncio dos nomeados ao Oscar, criticado pela falta de diversidade. A lista de concorrentes ao principal prêmio do cinema americano tem poucos atores negros e nenhuma mulher concorre ao prêmio de melhor diretor.

A composição completa do júri de Cannes, que terá a tarefa de apontar o sucessor de "Parasita", do sul-coreano Bong Joon-ho, Palma de Ouro em 2019, será revelada em meados de abril. "O olhar de Spike Lee é mais do que nunca precioso", afirmaram em comunicado o presidente do festival, Pierre Lescure, e o delegado geral do evento, Thierry Frémaux.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas