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Queima de livros de Paulo Coelho representa um 'símbolo de horror', diz ABL

Vídeos com pessoas ateando fogo a obras do escritor, opositor de Bolsonaro, circularam na internet

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São Paulo

A Academia Brasileira de Letras divulgou nesta quinta uma nota de repúdio à queima de livros de Paulo Coelho, escritor que faz parte da instituição.

Nos últimos dias, circularam nas redes sociais dois vídeos de pessoas queimando edições de "O Alquimista" e "Veronika Decide Morrer" em reação ao posicionamento político do autor, contrário ao presidente Jair Bolsonaro.

"Dar fogo aos livros traduz um símbolo de horror", diz o comunicado. "Evoca um passado de trevas. Como esquecer a destruição das bibliotecas de Alexandria e Sarajevo, os crimes de Savonarola e as práticas do nacional-socialismo?"

"A linguagem do ódio é redundante e perigosa. Devemos promover, sem hesitação, os marcos civilizatórios e a cultura da tolerância", acrescenta a nota.

Num dos vídeos, um casal de idosos rasga páginas de uma obra de Coelho enquanto ofende o escritor. "Já é o décimo livro dele que eu estou queimando. É um traíra, um sabotador", diz a mulher. "É um lesa-pátria", diz seu marido.

"Seu vagabundo, por que você não vai para Cuba, Venezuela", completa a pessoa, aparentemente mais jovem, que está filmando os idosos.

O próprio escritor retuitou o vídeo, com comentário irônico sobre a postagem que dizia que sua obra foi "desmonetizada". "Não. Primeiro compraram, depois queimaram. E o bigodinho do cara não deixa esconder a origem da ideia."

Ele já havia, dias antes, retuitado outro vídeo de um homem queimando "O Alquimista" em um balde, com o comentário "Bücherverbrennung à la tupiniquim", ou livros queimando, traduzindo do alemão, à la tupiniquim.

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